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    Brasil paga um preço pelo privilégio de alguns grupos, diz consultor do BM

    DE SÃO PAULO

    10/03/2015 10h00

    O Brasil resiste tanto em implementar mudanças porque muita gente ganha dinheiro do jeito que a coisa é. A opinião é de Otaviano Canuto, conselheiro sênior do Banco Mundial, ao relembrar a aprovação da reforma da lei de falências. "O país paga um preço pelos privilégios de alguns grupos", afirma.

    Otaviano Canuto é um dos entrevistados do projeto da Fecomercio-SP que investiga o pensamento brasileiro. Serão publicadas 13 entrevistas em vídeo, conduzidas pelo jornalista Adalberto Piotto, que debatem o cenário político-econômico no Brasil e as perspectivas futuras, focando na burocracia e gastos públicos.

    "Um projeto que a gente achou que seria fácil é a reforma da Lei de Falências. Impressionante como na hora que o projeto chegou na praça, embora não aparecesse nenhum artigo contrário, as emendas parlamentares cresceram e o processo demorou."

    Ele fala ainda sobre o tempo para pagar impostos, outro ponto grave para o desenvolvimento do país.

    "Falo do número de gente e mão de obra que uma empresa tem que pagar para fazer a tarefa burocrática de pagar impostos. É mais que o quádruplo dos nossos vizinhos. É esse custo Brasil que prejudica a produtividade."

    Na entrevista, cuja íntegra será divulgada pela Fecomercio em seu canal, Canuto fala ainda sobre as reformas da Previdência, sobre mudanças recentes no seguro-desemprego e desonerações trabalhistas, entre outros temas. Ex-vice-presidente do Banco Mundial, Canuto também foi secretário de assuntos internacionais da Fazenda.

    A Folha irá, semanalmente, divulgar trechos das 13 conversas. Confira o cronograma:

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