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    Ex-mendigo, cantor Charles Bradley relembra tragédia e conquistas; assista

    DE SÃO PAULO

    17/07/2015 02h00

    Doação é o forte de Charles Bradley quando sobe ao palco. "Trago a profundidade da minha alma."

    Aos 66 anos, o cantor norte-americano é conhecido por "covers" de James Brown (1933-2006).

    No vídeo acima —uma entrevista exclusiva ao repórter-fotográfico Carlos Cecconello—, Bradley cita uma passagem trágica e diz que, ao cantar, costuma descrever a própria memória.

    "Às vezes posso enxergar o momento que vivi, como na canção "Heartaches and Pain", que fala de quando meu irmão foi assassinado. Posso lembrar da imagem de quando entrei em sua casa e o vi deitado no chão."

    Nascido na Flórida, Bradley conviveu com a miséria. Aos 14, vivia na rua, dormia no metrô e fugia da polícia. Adulto, aprendeu a ser cozinheiro e alternou subempregos e exibições amadoras. Mas foi entoando Brown que Bradley viu a sorte mudar. No começo do século, cruzaram seu caminho Gabriel Roth, cofundador da gravadora Daptone, e o requisitado guitarrista Thomas Brenneck.

    O disco de estreia é de 2012, "No Time for Dreaming". "Victim of Love" veio no ano seguinte.

    Ao olhar para trás, Bradley lembra como fez para que as portas se abrissem a um negro americano.

    "Diria que sempre foi muito difícil, mas os negros têm que entender que hoje existem muitas oportunidades nos EUA. Eles, às vezes, ficam presos ao passado dolorido que viveram. É preciso descobrir quem você é. Claro que o mundo não te dará todo o amor que merece, mas quando você demonstra o seu amor, alguém irá recebê-lo. Foi assim que as oportunidades me apareceram."

    A entrevista de Bradley foi concedida em São Paulo, em sua passagem pelo país em maio deste ano.

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