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Em entrevista hoje à "TV Folha", os artistas plásticos Gui Mohallem e André Cypriano, que abrem exposições individuais nesta semana em São Paulo, comentaram um novo momento da fotografia contemporânea, em que a paisagem passa a ganhar o mesmo peso que já teve como um gênero clássico na pintura.

Enquanto Cypriano, que abre mostra agora na galeria Paralelo, fotografa uma série de pedras com formas de pessoas e animais em Ilha Grande, no litoral fluminense, Mohallem revisita em sua nova série espaços que marcaram sua vida pessoal, de Minas Gerais onde nasceu ao Líbano, terra de seu pai, passando pelos Estados Unidos, onde passou temporadas importantes para a formação de sua obra.

Seus trabalhos retratam questões distintas, mas ambos concordam que essas paisagens, idealizadas ou não, servem de testemunho de um mundo em extinção, de problemas ecológicos que ameaçam destruir ambientes naturais como a Ilha Grande a questões políticas que estão por trás dos deslocamentos e migrações, tema de fundo da obra de Mohallem. Nesse sentido, o ambiente retratado pelos artistas nunca é algo passivo, já que reflete tudo o que acontece ao seu redor.