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    Masturbação e liberdade sexual valem mais que 'viagra' feminino, dizem colunistas

    DE SÃO PAULO

    28/08/2015 19h19

    Conhecer a si mesma, aceitar o próprio corpo e cuidar da autoestima influenciam muito mais na libido e no prazer com sexo do que tomar uma pílula mágica. A opinião é das colunistas da Folha Mariliz Pereira Jorge e Tati Bernardi, que debateram com a repórter especial Claudia Collucci a polêmica entorno do "viagra" para mulheres.

    O primeiro medicamento para aumentar o apetite sexual feminino foi aprovado no dia 18 de agosto pela FDA, a agência americana responsável. A droga se chama Addyi e é produzida pela farmacêutica Sprout.

    Na transmissão ao vivo da "TV Folha", o trio falou sobre a polêmica da droga, que tem muitos efeitos colaterais e, para surtir efeito (que não é garantido), precisa ser tomado por longo período.

    Claudia ressaltou ainda que o comprimido não pode ser tomado na menopausa, justamente quando se sofre com a redução do desejo. "Meio orgasmo por mês, podendo desmaiar, não pode beber, não pode tomar pílula?", lista Mariliz. "Prefiro meia dose de uísque", brincou ela.

    Tati disse que chamou sua a atenção o fato de mulheres comemorando, em reportagens na TV, dizendo que "chegou a nossa vez". "Questão mais importantes, como a mulher conhecer seu corpo, se masturbar, ficam fora da pauta, ninguém fala sobre isso", diz Claudia.

    "A mulher, se estivesse mais livre para sentir prazer, teria algo mais funcional que uma pílula mágica", disse ainda Tati. "Exato. É um problema cultura e de educação, pois ela não pode sair com muitos homens, é preparada pra casar, aprende dede cedo que não pode tocar o próprio corpo."

    "Meninos são educados diferentes de meninas. Os homens crescem vendo o sexo de uma forma natural. Elas não", concordou Mariliz.

    A DROGA

    Na verdade, em tese, trata-se do primeiro medicamento para aprimorar a libido em ambos os sexos, embora todo o projeto tenha sido desenvolvido visando as mulheres. O Viagra e outros remédios masculinos servem para criar ereções, não para aumentar o desejo.

    Anteriormente, a FDA havia rejeitado por duas vezes a droga, em 2010 e 2013. Grupos feministas vinham acusado a FDA de retardar a aprovação do medicamento por machismo.

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