Assista

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo previa fechar 94 escolas e transferir 311 mil alunos ano que vem. Mas desde que a ideia foi anunciada, em setembro, tem havido protestos praticamente diários. Escolas foram invadidas por alunos, pais e integrantes de movimentos sociais.

Até a noite desta terça-feira (17), 33 escolas estaduais tinham sido invadidas, de acordo com a secretaria de Educação.

Uma das primeiras escolas tomadas pelos alunos foi a Fernão Dias Paes, em Pinheiros (zona oeste), retratada no vídeo acima. A partir de 2016, a unidade terá apenas o ensino médio -haverá uma troca de alunos com o outro colégio da região, o Godofredo Furtado.

O secretário de Educação, Herman Voorwald, afirmou que, por obrigação, o governo tem de pedir a reintegração de posse das escolas invadidas. Mas afirma que manterá o diálogo "até o limite".

Mapa: Escolas invadidas

Voorwald disse ainda que a pasta garantirá que os 200 dias letivos obrigatórios serão cumpridos, mesmo nas escolas invadidas, em protesto à reorganização da rede.

Uma resolução será publicada nesta quarta (18). Caberá às unidades decidir como será a reposição.

O plano da Secretaria de fechar escolas sofreu derrota na Justiça na segunda-feira (16). Uma decisão em caráter liminar (provisório) suspendeu o fechamento da escola Braz Cubas, em Santos, a pedido da Defensoria Pública e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

Na semana passada, o governo já havia recuado da decisão de fechar outro colégio, na zona rural de Piracicaba (a 160 km de SP), após mães procurarem a Promotoria.

Veja galeria especial sobre a ocupação da escola Fernão Dias Paes