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    Moradores do sul dos EUA rezam após tornados devastadores

    DA FRANCE PRESSE, EM TUSCALOOSA

    01/05/2011 20h13

    Moradores do sudeste dos Estados Unidos dedicaram neste domingo suas orações aos desaparecidos após a passagem dos tornados mais mortais pelo país em quase um século.

    Muitas igrejas ficaram destruídas ou danificadas pelos tornados, o que não impediu que os fiéis se reunissem em uma região do país conhecida pela fé profunda de seus moradores, denominada "Bible belt" (Cinturão da Bíblia).

    "Estamos no Bible belt, as pessoas vão à igreja, aconteça o que acontecer", explicou o porta-voz da Agência de Gestão de Situações de Emergência do Tennessee, Jeremy Heidt.

    Em Smithville, pequena cidade de 900 moradores quase apagada do mapa no Mississippi, "teremos uma cerimônia externa mais curta", disse por telefone Danny Stephenson, responsável pela Igreja de Jesus Cristo, explicando que o prédio abriga também um centro de distribuição de alimentos e roupas.

    "De nossas seis igrejas, quatro foram destruídas", ressaltou, assim como 16 das 18 pequenas empresas da cidade. "Não resta mais nada. É como se tudo tivesse sido varrido."

    A solidariedade é forte entre os moradores: pessoas organizam operações de busca dos desaparecidos, fornecem alimentos às vítimas e retiram os destroços, segundo Stephenson.

    O registro da catástrofe nos Estados Unidos era de 347 mortos neste domingo, sendo 250 no Alabama, estado mais atingido, onde havia também oito desaparecidos e 1.730 feridos. O vizinho Mississippi registrava 35 mortes e 993 casas totalmente destruídas. O número de mortes atingiu 34 no Tennessee, 15 na Geórgia, oito no Arkansas e cinco na Virgínia.

    É o maior registro de mortes causado por tornados nos Estados Unidos desde a passagem de um forte tornado que deixou 747 mortos em março de 1925.

    Mais de 550 mil casas permaneciam sem energia elétrica neste domingo apenas no Alabama, segundo as companhias de energia.

    O Exército da Salvação, cujo prédio foi destruído em Tuscaloosa, uma das cidades mais duramente afetadas do Alabama, conseguiu erguer 40 unidades de distribuição, fornecendo à população 20 mil refeições por dia no Alabama e no Mississippi, declarou à AFP um de seus diretores, Mark Jones.

    O presidente Barack Obama reiterou neste sábado à noite a sua promessa de ajudar a região a se reerguer, advertindo que a reconstrução será longa e prometendo que os moradores não serão esquecidos. "Devemos ficar ao seu lado durante os meses, ou até durante os anos difíceis que se anunciam", disse.

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