• Mundo

    Monday, 06-May-2024 04:00:13 -03

    Iêmen anuncia morte do líder da Al Qaeda na Península Arábica

    DA FRANCE PRESSE, EM SANAA
    DA EFE, EM SANAA

    30/09/2011 07h33

    O imã radical nascido nos Estados Unidos Anwar al Awlaqi --vinculado à rede terrorista Al Qaeda e procurado pelos Estados Unidos-- morreu, anunciou nesta sexta-feira o ministério iemenita da Defesa.

    "O dirigente terrorista da Al Qaeda Anwar al Awlaqi morreu ao lado de membros desta organização", anunciou o porta-voz do ministério.

    O governo não divulgou as circunstâncias da morte de Al Awlaqi, mas fontes tribais afirmaram à France Presse que ele morreu em um bombardeio aéreo dos EUA executado na manhã desta sexta-feira contra dois veículos que circulavam entre Maarib (ao este de Sanaa) e Juf, Província desértica na fronteira com a Arábia Saudita.

    "O ataque foi executado por aviões americanos", afirmou uma fonte tribal, que também revelou que a região era sobrevoada há alguns dias por aeronaves não identificadas.

    Al Awlaqi havia escapado de um bombardeio americano no Iêmen no início de maio, poucos dias depois de um comando especial dos Estados Unidos ter matado no Paquistão o líder da Al Qaeda, Osama bin Laden.

    Considerado pelos Estados Unidos como uma ameaça tão grande quanto Bin Laden, Al Awlaqi teria mantido, segundo Washington, vínculos com o nigeriano Umar Faruk Abdulmutallab, autor do atentado frustrado de 25 de dezembro de 2009 contra um avião comercial americano.

    O clérigo radical também é conhecido por ter mantido correspondência com o comandante americano Nidal Hassan, acusado de ter matado 13 pessoas na base de Fort Hood (Texas) em novembro de 2009.

    Washington considerava o imã um "alvo a ser eliminado". Autoridades iemenitas tentaram matar Awlaqi em um bombardeio aéreo em 24 de dezembro de 2009 na província de Chabwa, que deixou 34 mortos.

    No entanto o imã não estava na região no momento do ataque, segundo relato das forças de segurança.

    DETALHES DA OPERAÇÃO

    Além de Awlaqi, morreram na operação outros supostos membros da Al Qaeda, mas detalhes sobre a operação não foram divulgados de imediato, de acordo com um comunicado do Governo iemenita.

    Nascido em território americano mas residente no Iêmen desde 2002, havia contra o clérigo uma ordem de captura dos EUA desde abril de 2010, quando incluído na lista de terroristas da CIA.

    Awlaqi defendia atentados cometidos pela Al Qaeda contra os americanos como vingança pela morte de "milhares" de muçulmanos no Iraque, no Afeganistão e nos territórios palestinos.

    A rede terrorista Al Qaeda conta com campos de treinamento no Iêmen, segundo as autoridades iemenitas e americanas, e acredita-se que centenas de partidários estejam escondidos nas montanhas do sul do país, principalmente na província de Shabua.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024