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    Mesmo com cortes, Obama quer manter poderio militar e tropas na Ásia

    DE SÃO PAULO

    05/01/2012 14h17 - Atualizado às 14h33

    O presidente americano, Barack Obama, afirmou nesta quinta-feira, durante discurso sobre a nova estratégia de defesa dos Estados Unidos, que o país manterá sua "superioridade militar", apesar dos cortes no setor estabelecido pelo Orçamento aprovado para 2012.

    Durante discurso no Pentágono, Obama também destacou a prioridade que ele quer dar à Ásia, uma "região crucial" onde os Estados Unidos reforçarão sua presença militar no futuro, ao mesmo tempo em que o país "se ocupa de virar a página de uma década de guerra" no Iraque e no Afeganistão.

    "Nosso Exército vai ser mais enxuto, mas os EUA vão manter sua superioridade militar", afirmou Obama.

    Obama disse planejar ter uma força militar mais enxuta e mais barata, mas que mantenha a capacidade de combater o terrorismo e confrontar as novas ameaças de países como China e Irã. Tendo isso em vista, segundo ele, os EUA vão aumentar a presença na Ásia, sem que os cortes de verba prejudiquem suas operações.

    "Vamos reforçar nossa presença na Ásia e no Pacífico, e os cortes no orçamento não ocorrerão às custas dessa importante região", reforçou. "Continuaremos investindo em nossas alianças e pactos cruciais, incluindo com a Otan [aliança militar do Ocidente]".

    Em um comunicado divulgado durante o discurso de Obama, o governo afirmou estar determinado "a manter uma força de prontidão e capaz", mesmo reduzindo a presença militar em algumas localidades. "As nossas responsabilidades globais são significativas, não podemos dar ao luxo de falhar", ressaltou.

    Obama prometeu também que os veteranos vão continuar recebendo benefícios sociais e oportunidades de trabalho. Ele ressaltou a importância de rever erros do passado, como os cometidos no Vietnã, para que eles não se repitam, tendo a uma postura estratégica guiando os militares.

    CORTES

    Segundo ele, os EUA têm sido bem sucedido na defesa própria e, o Exército deve fortalecer a liderança americana pelo mundo. "O Exército dos EUA vai continuar forte globalmente falando", reforçou Leon Panetta, secretário de Defesa.

    Obama já havia declarado que a força militar americana continuaria forte, garantindo a segurança do país, "com um orçamento de defesa que seguirá consideravelmente maior do que a combinação dos dez próximos países juntos".

    "Ao mesmo tempo, temos que renovar nossa força econômica dentro de casa, o que é a fundação de nossa força pelo mundo. Isso inclui colocar em ordem o setor financeiro doméstico", disse.

    O Pentágono precisa se planejar para um corte de mais de US$ 450 bilhões nos próximos dez anos em seu Orçamento.

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