Yitzhak Shamir, ex-líder israelense que recusou a ideia de trocar terras ocupadas por paz com os palestinos, morreu neste sábado. Ele tinha 96 anos.
Ele foi duas vezes primeiro-ministro de Israel, de 1983 a 1984 e de 1986 a 1992, e ao invés de buscar acordos com os palestinos, apoiava as polêmicas colônias judaicas.
Nascido Yitzhak Jazernick na Polônia, em 1915, Shamir mudou-se para a Palestina em 1935.
Após a criação de Israel, fez parte do Mossad, o Instituto para Inteligência e Operações Especiais israelense, atuando principalmente em Paris.
Em 1965, deixou a espionagem e, cinco anos depois, iniciou suas atividades políticas no partido de direita Likud. Foi como líder do partido que governou Israel nas décadas de 1980 e 1990.
Depois de ser eleito deputado pelo Likud após a derrota desse partido de direita --hoje liderado por Netanyahu-- nas eleições legislativas de 1992, vencida pelos trabalhistas, Shamir se retirou definitivamente da atividade política em 1996, afetado pelo mal de Alzheimer
Em maio de 1991 Shamir fez sua última aparição internacional na conferência de Madri, com a qual tiveram início as negociações de paz no Oriente Médio.
Ele sempre acreditou que o Estado judaico deveria se estender do mar Mediterrâneo até o rio Jordão.
Netnayhau, lamentou a morte de Shamir e declarou que o ex-primeiro ministro "conduziu Israel com uma profunda lealdade à nação".