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    Manifestantes jogam explosivo em embaixada dos EUA na Tunísia

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    14/09/2012 11h54 - Atualizado às 12h15

    Manifestantes jogaram um coquetel molotov na embaixada dos Estados Unidos na Tunísia nesta sexta-feira, em mais um dia de protestos contra o vídeo anti-Islã que provoca manifestações em países de maioria muçulmana desde terça (11).

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    De acordo com as agências de notícias Associated Press e France Presse, o explosivo caiu no estacionamento da unidade e provocou uma coluna de fumaça negra. Os islâmicos também tentavam subir o muro da embaixada para invadir o local.

    A polícia teve que atirar para o alto para advertir as centenas de islâmicos que estavam em frente à representação, no subúrbio da capital Túnis, depois de disparar bombas de gás lacrimogêneo.

    De acordo com a agência de notícias France Presse, as rajadas foram ouvidas em ruas vizinhas, mas ainda não se sabe o tipo de munição usado no ato. A polícia local costuma usar balas de borracha durante as manifestações.

    Na quarta (12), a polícia da Tunísia dispersou outra manifestação violenta em Túnis, com milhares de islâmicos movidos contra o filme "A inocência dos muçulmanos", que faz uma paródia do profeta Maomé.

    A produção amadora, divulgada pela internet, foi considerada blasfema por muitos muçulmanos e desencadeou uma onda de protestos que logo derivaram para distúrbios violentos, tendo por alvo as representações diplomáticas americanas espalhadas em países de maioria muçulmana.

    Os atos aconteceram desde terça (11) em países de maioria muçulmana no norte da África, no Oriente Médio e na Ásia --Egito, Líbano, Marrocos, Irã, Sudão, Iêmen, Israel, Iraque, Afeganistão, Indonésia, Bangladesh e nos territórios palestinos.

    Na terça (11), o embaixador dos EUA na Líbia, Chris Stevens, e outros três funcionários americanos, foram mortos após um ataque ao consulado em Benghazi, durante manifestações contra o vídeo.

    PROTESTOS

    Nesta sexta, os protestos ocorreram após a oração do meio-dia dos muçulmanos. Os confrontos mais intensos ocorreram no Egito, no Líbano e no Sudão.

    Na praça Tahrir, no Cairo, são esperadas um milhão de pessoas para protestar contra o vídeo. Outro grupo de islâmicos está desde a madrugada em ato contínuo contra as imagens.

    Em Trípoli, no norte libanês, um manifestante foi morto e outros dois ficaram feridos durante violentos confrontos com as forças de segurança.

    Os agentes relataram que o homem morreu durante uma tentativa de invasão de um prédio governamental. Pelo menos 12 policiais tiveram ferimentos leves causados por pedras atiradas pelos manifestantes.

    Os manifestantes incendiaram um restaurante da rede americana Kentucky Fried Chicken (KFC) na cidade.

    No Sudão, islâmicos entraram nas embaixadas britânica e alemã, na capital Cartum. As representações ficam no mesmo quarteirão do prédio do corpo diplomático dos Estados Unidos.

    Os sudaneses conseguiram invadir ambas representações após subir os muros dos prédios e ficaram na área externa dos locais, sem entrar nos edifícios diplomáticos.

    Cerca de 5.000 islâmicos também são reprimidos pela polícia com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para evitar que ingressem na embaixada americana, principal alvo do protesto contra o vídeo.

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