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    China anuncia entrega formal de primeiro porta-aviões do país

    DA REUTERS, EM PEQUIM

    25/09/2012 09h16

    O primeiro porta-aviões da China iniciou oficialmente o serviço nesta terça-feira e o Ministério da Defesa disse que a embarcação ajudará o país a projetar seu poderio marítimo e a defender o território chinês.

    A entrega da embarcação ocorre no mesmo momento em que Pequim trava uma disputa com o Japão por ilhas no mar do Leste da China, e entre preocupações sobre os interesses militares americanos na Ásia.

    O porta-aviões, chamado de Liaoning, foi originalmente comprado da Ucrânia e passou por profundas reformas no porto chinês de Dalian.

    "A entrada deste porta-aviões nas fileiras militares irá elevar o nível de modernização das forças operacionais navais da China de forma geral", disse o ministério em seu site.

    O Liaoning irá ajudar "efetivamente a proteger a soberania nacional, a segurança e os interesses de desenvolvimento", acrescentou o ministério.

    Entretanto, especialistas militares acreditam que o porta-aviões, que recebe o nome de uma província do nordeste do país, terá um papel operacional limitado e será usado principalmente para treinamento.

    "Uma vez que todas as grandes potências, e até mesmo alguns países de proporção pequena ou média, possuem um porta-aviões, é natural que a China tenha o seu próprio", afirmou o contra-almirante Yang Yi, em um comentário escrito no jornal "China Daily", nesta terça-feira.

    "A China tem uma vasta área de mares e enormes direitos e interesses marítimos que precisa proteger, e os crescentes interesses internacionais da China exigem uma Marinha forte para fornecer garantias de segurança", disse.

    O Liaoning irá envolver-se principalmente em pesquisas científicas e treinamento, afirmou o contra-almirante, ao mesmo tempo em que ajudaria a China a afirmar seu poderio militar.

    "A China é obstinada e irá absolutamente salvaguardar sua soberania e dignidade nacional", disse Yang. "Nós estamos pela paz, mas não temos medo de qualquer ameaça ou intimidação".

    A disputa pelas ilhas, chamadas de Senkaku no Japão e Diaoyu na China, desgastou as relações entre as duas potências econômicas e provocou protestos contra o Japão por todo o país.

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