A banda e rock Pussy Riot perdeu nesta quarta-feira (30) um recurso contra a proibição de seus vídeos musicais na internet, incluindo o que contém uma canção de protesto que levou à prisão de três integrantes do conjunto.
O tribunal de Moscou confirmou a decisão da corte que, em novembro, havia considerado os vídeos "extremistas". O material que mostra as integrantes da banda dançando em frente ao altar da principal catedral ortodoxa russa de Moscou era "extremista" e que seria retirado da internet.
Os vídeos ainda estão disponíveis em sites hospedados fora da Rússia, incluindo o Youtube.
O tribunal rejeitou o apelo de uma das integrantes da banda, Yekaterina Samutsevich, que diz que a retirada do material da internet viola o direito à liberdade de expressão.
Samutsevich disse que irá apresentar um novo recurso, mas a decisão de hoje já impõe que os vídeos sejam removidos de sites russos.
No julgamento em primeira instância, a juíza Marina Musimovich disse que os vídeos continham "palavras e ações que humilhavam vários grupos sociais com base em sua religião", ao mesmo tempo em que convocava motins e "perturbação de ordem pública", que poderiam inflamar o ódio racial e religioso.
'ORAÇÃO'
Samutsevich e duas outras integrantes da banda foram condenadas por "vandalismo motivado por ódio religioso". Ela saiu da prisão em outubro, quando sua sentença foi suspensa por um recurso, mas Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alyokhina seguem na prisão.
O julgamento das Pussy Riot recebeu amplas críticas no exterior e a sentença emitida foi classificada de "desproporcional". Elas receberam o apoio de diversas personalidades internacionais, como Paul McCartney, Madonna, Sting e Yoko Ono, a viúva de John Lennon.