O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou nesta quinta-feira que mais de 100 mil pessoas morreram no confronto na Síria e pediu que sejam feitos novos esforços para organizar uma conferência de paz.
As estimativas feitas pela ONU (Organização das Nações Unidas) neste caso são tidas como conservadoras.
O conflito começou em março de 2011, quando rebeldes (de maioria sunita) decidiram se organizar para derrubar o regime de Bashar Al-Assad (que é alauita, ramo do islã xiita).
Ban e o secretário de Estado americano, John Kerry, disseram aos jornalistas antes das conversações na sede da ONU que não pode haver uma solução militar para o conflito que já dura 28 meses.
Mas nesta quinta Ban declarou: "Mais de 100 mil pessoas morreram, milhões foram deslocadas e bairros residenciais foram transformados em refúgios".
"Temos que acabar com isso, as ações militares e violentas devem ser detidas por ambas as partes e é imperativo a realização de uma conferência de paz em Genebra o quanto antes", acrescentou.
Estados Unidos e Rússia se comprometeram em pressionar para que esta conferência seja de fato realizada em Genebra, a fim de chegar a um plano de transição para a Síria.
As divergências entre grupos opositores sírios somadas aos obstáculos diplomáticos impostos pelo regime de Bashar al-Assad bloqueiam os esforços para convocar uma nova reunião.
O presidente da Coalizão Nacional Síria, Ahmad Kharba, se encontra em Nova York, onde espera se reunir com Kerry antes da reunião com os enviados do Conselho de Segurança na sexta-feira.