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    Atirador de base militar entrou com identidade funcional, diz polícia

    DE SÃO PAULO

    17/09/2013 09h37

    O prestador de serviços da Marinha dos Estados Unidos Aaron Alexis, 34, acusado de ser o atirador que matou 13 pessoas em uma base militar de Washington, entrou no local com sua identidade funcional, de acordo com o FBI (Birô Federal de Investigações, em inglês).

    Segundo os agentes, Alexis foi morto em confronto com a polícia, minutos após ter atirado em 20 pessoas dentro do prédio do Comando de Sistemas de Navegação Marítima, que fica dentro do Washington Nayv Yard, maior complexo da Marinha americana.

    A polícia afirma que, com o documento de prestador de serviços, ele entrou sem problemas na área militar, estacionou o carro ao lado do prédio atacado e entrou no saguão, quando deu início aos disparos.

    O suspeito foi identificado pelos agentes após análise de seu documento de identidade e das impressões digitais, ambos coletados na entrada do complexo militar. A polícia ainda investiga os motivos que o levaram a cometer o ataque.

    Dentre as provas que estão sendo buscadas, estão boletins de ocorrência que demonstrassem comportamento violento do suposto agressor. Até o momento, os agentes descobriram que ele foi preso em duas ocasiões por agressão.

    A primeira foi em Seattle, em 2004, quando ele disparou contra os pneus do carro de um homem, que estava estacionado em frente à casa de sua avó. À época, o suspeito disse à polícia que teve um ataque de cólera. Em 2010, foi preso em Fort Worth, no Texas, após descarregar uma arma sem motivo aparente.

    DIVERGÊNCIA

    Alexis serviu à Marinha entre 2007 e 2011, trabalhando com sistemas elétricos, mas foi retirado do serviço por seu "padrão de mau comportamento", embora não haja informações de motivos graves para que ele saísse das Forças Armadas.

    Os agentes afirmam que também não há indicações de diferenças ideológicas entre Alexis e a Marinha, assim como nenhum conflito com militares. No entanto, ele demonstrava insatisfação com a prestadora de serviços para a qual trabalhava no Texas por causa de um pagamento.

    Um amigo de Fort Worth, Michael Ritrovato, afirmou que ele tinha o costume de jogar videogames online, em especial jogos de tiros, mas nunca tinha mostrado comportamento violento. "É incrível o que isso tudo esteja acontecendo, porque ele era um cara de excelente índole. Parecia que ele queria mais da vida".

    Em entrevista à rede de televisão CNN, o cunhado do suposto atirador, Anthony Little, disse que a família está em choque e a primeira reação dos parentes foi de lágrimas e desespero. "Mas seus corações estão mais próximos das vítimas e dos feridos porque há mais vidas perdidas e nós não merecíamos isso agora".

    No final da noite de segunda (16), a polícia identificou sete das 13 vítimas do atirador --Michael Arnold, 59; Sylvia Frasier, 53; Kathy Gaarde, 62; John Roger Johnson, 73; Frank Kohler, 50; Kenneth Bernard Proctor, 46; e Vishnu Pandit, 61. Os outros nomes serão revelados assim que as famílias forem avisadas.

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