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    Estudante morre em confronto na Universidade do Cairo

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    28/11/2013 16h58 - Atualizado às 17h38

    Um estudante morreu nesta quinta-feira durante confronto entre apoiadores do presidente deposto Mohammed Mursi e as forças de segurança na Universidade do Cairo, declararam à AFP funcionários do ministério egípcio da Saúde.

    Testemunhas disseram à AFP que a polícia utilizou jatos de água, granadas lacrimogêneas e disparos de balas de borracha para dispersar os manifestantes que pediam a volta do islamita Mursi. O confronto aconteceu na Faculdade de Engenharia, no campus universitário.

    O Partido Liberdade e Justiça, braço político da Irmandade Muçulmana, destacou em seu site que o aluno morto é aluno do curso de Engenharia Civil e recebeu disparos de balas de chumbo da polícia.

    As fontes médicas também falaram de sete feridos.

    Segundo um comunicado do Ministério do Interior, 300 estudantes se concentraram dentro do campus e depois saíram às ruas, onde "interromperam o tráfego e lançaram pedras contra os agentes". Os manifestantes também protestavam contra a prisão de 14 mulheres da Irmandade Muçulmana na quarta-feira (27).

    Desde a queda e prisão de Mursi pelos militares em 3 de julho passado, as autoridades realizam uma implacável repressão das manifestações quase cotidianas de seus partidários.

    Trata-se da primeira morte em uma manifestação desde a promulgação no domingo de uma controvertida lei que autoriza a polícia a dispersar pela força qualquer manifestação que não tenha obtido permissão das autoridades.

    A nova lei que limita os protestos proíbe, entre outros pontos, concentrações de mais de dez pessoas sem autorização, limita as manifestações em frente aos edifícios públicos e estabelecem duras penas para os infratores da norma.

    De acordo com o artigo 12, a polícia egípcia pode dissolver os protestos se considerar que podem ser um perigo para a segurança, e empregar a força em função do dano que queira evitar.

    Na semana passada, o governo decidiu permitir às forças de segurança entrar nas universidades sem necessidade de ter a permissão das autoridades acadêmicas ou da procuradoria, como ocorria anteriormente.

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