Pelo menos quatro pessoas morreram e 63 ficaram feridas, incluindo 11 em situação crítica, quando um trem descarrilou na região do Bronx, no subúrbio de Nova York, neste domingo. Todos os sete vagões saíram dos trilhos, disseram autoridades.

O trem se dirigia de Poughkeepsie, no norte do estado, para a Grand Central Station de Nova York, em Manhattan, e levava cerca de 150 passageiros --metade de sua lotação-- no momento em que a colisão aconteceu. "Num dia útil, com ocupação total, teria sido um desastre tremendo", disse o comissário dos bombeiros de Nova York, Salvatore Joseph Cassano.

O veículo descarrilou em uma ampla seção curva da pista às 7h20, a cerca de 100 metros da estação Spuyten Duyvil, perto do rio Hudson, informou Aaron Donovan, porta-voz da Metro North, a subsidiária da Autoridade Metropolitana de Transporte (MTA, na sigla em inglês) do Estado de Nova York.

Não há informações sobre as possíveis causas do acidente.

O passageiro Frank Tatulli afirmou ao canal de TV WABC que estava no primeiro vagão e que o trem viajava "muito mais rápido" do que o normal. Tatulli, que sofreu ferimentos na cabeça e no pescoço, saiu do vagão por conta própria.

O presidente da MTA, Thomas Prendergast, ressaltou que todas as curvas têm um limite de velocidade e que as denúncias de abuso serão investigadas.

O maquinista do trem está hospitalizado e consciente.

O descarrilamento aconteceu muito perto da área em que houve um acidente similar em julho passado, com um trem de carga. Naquela ocasião, ninguém ficou ferido.

O chefe da polícia de Nova York, Raymond Kelly, afirmou que havia inquietação com a possibilidade de algum passageiro ter caído dentro do rio Hudson, mas que a busca com mergulhadores, embarcações, helicópteros e cachorros não encontrou nada.