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    Filhas caçulas de Mandela souberam de sua morte na estreia de seu filme

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    06/12/2013 08h01 - Atualizado às 21h02

    As filhas mais novas de Nelson Mandela, Zenani, 54, e Zindzi, 53, souberam que o pai tinha morrido na estreia do filme "Mandela: Long Walk to Freedom" (longo caminho para a liberdade) em Londres, segundo a Fundação Nelson Mandela.

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    Filhas de Mandela com a segunda mulher, Winnie, 77 –de quem ele se separou em 1992–, as duas receberam a notícia da morte durante a projeção do filme e deixaram o cinema de imediato.

    O líder antiapartheid teve seis filhos, quatro deles com a primeira mulher, Evelyn Nase (1922-2004). Desses quatro, só a mais jovem, Makaziwe, 59, está viva.

    Em 1998, aos 80, Mandela se casou pela terceira vez –com Graça Machel, 27 anos mais jovem e viúva do presidente moçambicano Samora Machel (1933-1986). Graça é a única mulher no mundo a ter sido primeira-dama em dois países (Moçambique e África do Sul).

    Hoje com 68 anos, Graça disse em 2008, em entrevista à rede CNN, que aprendeu a separar o mito Mandela do ser humano e que a diferença de idade nunca foi um problema para os dois.

    DISPUTA FAMILIAR

    Os três filhos mortos foram o objeto de feroz disputa familiar neste ano, quando o ex-presidente sul-africano já estava em estado crítico. Em julho, por decisão judicial, os corpos deles foram devolvidos a um jazigo em Qunu, a aldeia onde Mandela passou a infância.

    Dois anos antes, o neto mais velho de Mandela e chefe do clã, Mandla, havia levado os caixões para sua casa em Mvezo, vilarejo onde o ex-presidente nasceu.

    Mandla transferiu os caixões sem o consentimento de outros familiares, e muitos acreditavam que a intenção do neto era fazer o avô ser enterrado em Mvezo. Mandela, porém, expressou o desejo de ser sepultado em Qunu, o que deverá acontecer no dia 15 de dezembro.

    Na época da disputa, o arcebispo e Prêmio Nobel da Paz Desmond Tutu, 82, amigo de Mandela, chegou dizer que a briga familiar era como "cuspir na cara de Madiba [o apelido do líder]".

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