A Coreia do Norte confirmou hoje que Jang Song-thaek, tio do ditador Kim Jong-Un, perdeu o posto de vice-presidente da Comissão Nacional de Defesa. Segundo o anúncio enviado à imprensa norte-coreana, ele foi punido por "traição" e por atos "anti-Estado". Pelo cargo e pelo status de conselheiro do ditador, era tido como o segundo homem mais poderoso do país.

Jang, marido da tia do ditador, é acusado de criar uma facção no partido governista "ao criar uma ilusão sobre si" e de, com isso, enfraquecer os objetivos do partido. A nota oficial também acusa Jang de ter "relações impróprias com mulheres" e de usar drogas e jogar em cassinos quando passava por tratamento médico no exterior.

Dois de seus aliados já haviam sido executados por corrupção.

As especulações sobre sua queda do poder começaram na semana passada, quando imagens de Jang Song-thaek foram eliminadas de um documentário oficial transmitido pela TV. Segundo a agência sul-coreana Yonhap, a versão transmitida teve suprimidos 13 imagens do presidente em relação à versão anterior, transmitida nove vezes em outubro.

O dirigente já havia desaparecido da vida pública entre 2003 e 2006, no que foi atribuído a um expurgo empreendido pelo falecido líder Kim Jong-Il. Após a morte deste, em 2011, Jang se tornou o principal conselheiro do sobrinho na tomada de poder no regime mais militarizado e fechado do mundo.