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    Chinês é resgatado após descer com balão em ilhas disputadas com Japão

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    02/01/2014 08h47

    Um cozinheiro chinês de 35 anos foi resgatado nesta quinta-feira pela Guarda Costeira japonesa ao tentar pousar com um balão em uma das ilhas de um arquipélago no mar do Leste da China, disputado por Pequim e Tóquio.

    As ilhas, chamadas de Senkaku pelos japoneses e Diaoyu pelos chineses, são um dos motivos para a crise diplomática entre os dois países, que se agravou em novembro após Pequim incluir o arquipélago em sua zona de defesa aérea.

    Segundo a Guarda Costeira, o chinês deixou a Província de Fujian, perto de Taiwan, com a intenção de chegar à ilha de Uotsuri, que faz parte do arquipélago disputado entre os dois países. Os agentes foram acionados após receber um pedido das autoridades taiwanesas para que buscassem um homem desaparecido.

    AFP
    Imagem divulgada pela Guarda Costeira do Japão mostra balão de chinês que errou a aterrissagem nas ilhas disputadas
    Imagem divulgada pela Guarda Costeira do Japão mostra balão de chinês que errou a aterrissagem nas ilhas disputadas

    O homem e o balão foram encontrados duas horas depois a cerca de 22 quilômetros ao sul da ilha de Uotsuri. Horas depois, ele foi entregue a um barco patrulha chinês, que agradeceu o resgate em uma mensagem de rádio.

    As autoridades japonesas decidiram não apresentar nenhuma acusação contra o cidadão chinês por sua intromissão em suas águas territoriais já que não era possível determinar o ponto exato em que o balão tinha caído ao mar.

    A tensão na área das ilhas aumentou em setembro de 2012, quando o quando o Japão anunciou ter comprado as ilhas, que pertenciam a um dono particular japonês e eram patrulhadas por Tóquio. Desde então, os dois países fazem demonstrações de domínio, como o envio de barcos e aviões de patrulha.

    SANTUÁRIO

    Outro ponto de tensão entre os dois países nos últimos dias foram as visitas de integrantes do governo do Japão ao santuário de Yasukuni, que homenageia os mortos até a Segunda Guerra Mundial, incluindo 14 criminosos de guerra. Na época, a China e a Coreia do Sul eram ocupadas pelo império japonês.

    Nesta quinta, a Chancelaria chinesa afirmou que Tóquio deseja maquiar os crimes de guerra e desafiar os resultados finais do conflito mundial e da ordem mundial. A Coreia do Sul também criticou os japoneses por visitar o santuário, onde "se veneram criminosos sanguinários".

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