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    Brasileira de 17 anos é uma das vítimas de atentado no Líbano

    DIOGO BERCITO
    DE JERUSALÉM

    02/01/2014 20h09

    A brasileira Malak Zahwe, 17, é uma das vítimas do atentado a bomba que deixou ao menos cinco mortos nesta quinta-feira em Beirute. A explosão feriu também mais de 60 pessoas em uma região sob a influência do grupo Hizbullah.

    Nascida em Foz do Iguaçu, Malak morava há anos na capital libanesa. A reportagem da Folha confirmou a informação com Nadir Zahwe, sua prima, pelo telefone.

    "Malak estava comprando roupas novas com a madrasta dela. A explosão atingiu a loja onde elas estavam. Ela morreu", afirmou Nadir, que foi informada por familiares.

    A brasileira morava em Beirute com sua madrasta, também vítima dessa explosão, seu pai e três irmãos.

    A reportagem entrou em contato com a embaixada brasileira em Beirute para confirmar a morte, mas não obteve resposta. Em nota oficial, sem mencionar Malak, o governo do Brasil reiterou o "irrestrito apoio aos esforços pela manutenção da estabilidade política do país".

    O atentado foi realizado na região de Haret Hreik, próximo à construção que abriga o canal de televisão Al-Manar, ligado à facção Hizbullah. De acordo com as autoridades, os explosivos, estimados em 30 quilos, estavam dentro de um veículo.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Um correspondente da rede de TV Al Arabiya afirmou que uma série de carros-bomba foram desarmados nessa mesma região sem haver anúncio público, de maneira a evitar causar pânico entre a população libanesa.

    O fato de o ataque ter sido realizado em um bastião do Hizbullah foi interpretado por analistas como sinal de que a rede de segurança dessa facção xiita foi rompida.

    Segundo Saad al-Hariri, ex-premiê e importante figura política no país, as vítimas dos atentados recentes são dano colateral "do envolvimento em guerras externas", em referência à participação do Hizbullah no conflito da Síria, ao lado do regime do ditador Bashar al-Assad.

    Ao enviar guerreiros à vizinha Síria, o Hizbullah opôs-se diretamente às facções sunitas que lutam pela deposição do ditador Assad.

    Na semana passada, outro carro-bomba deixou sete mortos e mais de 50 feridos na capital libanesa. Entre as vítimas estava Mohammad Chatah, ex-ministro e um desafeto público do Hizbullah.

    "Essa é uma grande batalha contra o terrorismo", afirmou ontem Ali Hassan Khalil, ministro da Saúde do Líbano. "Todos são alvos, não importa de onde vêm."

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