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    Alemanha aceita destruir parte das armas químicas da Síria

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    09/01/2014 11h10

    O governo alemão anunciou nesta quinta-feira que permitirá a destruição de parte das armas químicas da Síria, que começaram a ser retiradas do país na terça (7). A autorização acontece após pedido da Organização para a Proibição de Armas Químicas, que chefia o trabalho.

    A destruição do arsenal foi acertada após acordo entre a Rússia e o regime de Bashar al-Assad. Damasco possui cerca de mil toneladas de agentes químicos, como os gases sarin, VX e mostarda, que teriam sido usados nos quase três anos de conflito entre o governo e os rebeldes.

    Em comunicado conjunto, os ministérios das Relações Exteriores e da Defesa informaram que as armas serão destruídas pela Sociedade Federal para o Tratamento de Resíduos de Armas e de Armas Químicas, sediada em Munster, no norte alemão.

    A titular da Defesa, Ursula von der Leyen, disse que a Alemanha "possui tecnologia segura e vasta experiência na área de destruição de resíduos das armas químicas". "É conveniente colocarmos este conhecimento à disposição da comunidade internacional e, assim, poder contribuir para o processo de paz".

    O anúncio é feito dois dias após um navio dinamarquês deixar o porto de Latakia, no oeste sírio, com o primeiro carregamento de armas químicas retirado do país. Damasco concordou em se desfazer das armas químicas após um acordo com Moscou em setembro.

    O pacto deu fim aos rumores de uma intervenção militar americana na Síria, em resposta ao ataque químico que matou centenas de pessoas na periferia de Damasco em 21 de agosto. Os países ocidentais acusaram o regime de Assad pelo uso do arsenal.

    ATENTADO

    Embora tenha saído o acordo para a retirada das armas químicas, os combates entre o regime sírio e os rebeldes continuam e aumentaram em algumas regiões devido à presença de grupos ligados à Al Qaeda, como a síria Frente al-Nusra e o iraquiano Estado Islâmico do Iraque e do Levante.

    Nesta quinta, a televisão estatal síria informou que 16 pessoas morreram após a explosão de um carro-bomba em um bairro xiita de Al Kafat, na Província de Hama, na região central da Síria. Segundo a emissora, a ação aconteceu perto de uma escola de alunos ismaelitas, uma vertente do xiismo.

    O grupo é um dos aliados do regime de Bashar al-Assad, que é alauita, outra vertente xiita. Além deles, os cristãos e os drusos deram seu apoio a Damasco contra os sunitas das filas rebeldes.

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