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    Oposição síria se reúne com aliados para acertar conferência de paz

    CATHERINE RAMA
    DA AFP, EM PARIS

    12/01/2014 09h21

    Os 11 países que apoiam a coalizão da oposição síria, profundamente dividida sobre sua participação nas negociações de paz, tentam convencê-la neste domingo em Paris a participar da conferência de paz de Genebra, prevista para o dia 22 de janeiro.

    Estão reunidos o presidente da coalizão, Ahmad Jarba, e dois de seus três vice-presidentes ao lado de representantes de Reino Unido, Alemanha, Itália, França, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Catar, Egito, Jordânia, Estados Unidos e Turquia.

    O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, chegará um pouco mais tarde à capital francesa. Kerry também deve se reunir com seus colegas árabes para falar das negociações de paz entre Israel e os palestinos.

    Mesmo depois de dois dias de intensas negociações em Istambul, a coalizão ainda não conseguiu alcançar um acordo sobre a questão e adiou a decisão até 17 de janeiro.

    O chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, pediu na quinta-feira (9) em Paris que todas as partes façam esforços e viajem a Genebra para encontrar uma solução para o conflito.

    A coalizão impõe como condição prévia para sua participação na conferência que o regime de Bashar al-Assad deixe de utilizar armamento pesado e que sejam instaurados corredores humanitários.

    Mais de 130 mil pessoas, incluindo 7.000 crianças, morreram nos combates entre o regime e a oposição desde março de 2011, quando começou um conflito que levou milhões de pessoas ao êxodo e deixou 2,4 milhões de refugiados.

    Na segunda-feira (13), Kerry também se encontrará com o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, para falar da possível participação do Irã, que apoia o regime de Damasco, na conferência de Genebra. A Rússia é favorável, ao contrário dos Estados Unidos.

    O objetivo da conferência, definida em junho de 2012 em um acordo internacional alcançado também em Genebra, mas que nunca foi aplicado, é negociar um processo de transição política, como a formação de um governo provisório, composto por membros do regime e da oposição, com plenos poderes.

    Em dezembro, o regime de Bashar al-Assad disse que enviaria uma delegação à conferência, mas, segundo seu ministro das Relações Exteriores, Walid Muallem, seu governo não irá a Genebra "para entregar o poder nem fazer transações com ninguém".

    Pool Joel Saget/AFP
    O presidente da coalizão oposicionista síria Ahmad al Assi al Jarba (à dir.) participa de reunião com aliados na Chancelaria francesa, em Paris
    O presidente da coalizão oposicionista síria Ahmad al Assi al Jarba (à dir.) participa de reunião com aliados na Chancelaria francesa, em Paris

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