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    Manifestantes contra governo da Tailândia bloqueiam acessos a Bancoc

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    13/01/2014 08h55

    Milhares de manifestantes contrários à primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, bloquearam nesta segunda-feira diversas vias de acesso à capital, Bancoc.

    Os opositores pedem a saída de Shinawatra e o fim do que chamam de "regime de Thaksin", em referência ao irmão da premiê, Thaksin Shinawatra, que foi retirado do poder por um golpe de Estado em 2006.

    Popular entre as camadas mais pobres e rurais, o governo é rejeitado pelas classes média e alta urbanas.

    Gao Jianjun/Xinhua
    Manifestantes ocupam acesso a Bancoc em protesto contra a primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra
    Manifestantes ocupam acesso a Bancoc em protesto contra a primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra

    Os protestos, que começaram em outubro, levaram Yingluck a convocar eleições antecipadas para fevereiro.

    Na iminência de perder o pleito, os opositores rejeitaram a proposta e exigem a formação de conselho de reforma eleitoral indicado pelo rei para dar fim ao governo.

    Os manifestantes bloquearam 16 vias de acesso à capital Bancoc, com barricadas e carros, de modo a evitar que os 12 milhões de habitantes da cidade se desloquem, mas mantiveram o tom pacífico e festivo nos protestos.

    Com o trânsito impedido pelas manifestações, faculdades e escolas locais cancelaram suas aulas, mas o comércio continuou aberto em outras regiões da cidade.

    O ex-vice-primeiro-ministro Suthep Thaugsuban, líder dos protestos, ameaçou usar seus seguidores para bloquear a capital por mais de 20 dias, de modo a impedir que o governo trabalhe.

    "Vamos lutar independente do fato de se vamos ganhar ou perder. Não vamos nos comprometer ou aceitar uma negociação", afirmou Thaugsuban.

    COMISSÃO ELEITORAL

    Segundo um assessor da premiê, Yingluck convidou líderes dos protestos contra o governo e partidos políticos para discutir uma proposta da Comissão Eleitoral que prevê o adiamento da eleição convocada pela líder para o dia 2 de fevereiro.

    A Comissão Eleitoral afirmou que a eleição pode ser adiada, e um membro sugeriu a data de 4 de maio.

    No sábado, várias pessoas ficaram feridas, uma em estado grave, após serem baleadas em um ataque contra um acampamento de opositores ao governo.

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