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    Granada lançada contra manifestantes fere ao menos 36 na Tailândia

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    17/01/2014 06h21

    Pelo menos 36 pessoas ficaram feridas nesta sexta-feira após a explosão de duas granadas lançadas contra manifestantes da oposição durante um protesto em Bancoc, na Tailândia. A cidade passa pelo quinto dia consecutivo de bloqueios, feitos para exigir a renúncia da primeira-ministra Yingluck Shinawatra.

    Os opositores, que protestam desde outubro, desejam a saída da premiê que, para eles, é uma marionete na mão de seu irmão, Thaksin, deposto em 2006 pelo mesmo grupo que protesta hoje. Eles rejeitaram a eleição parlamentar convocada para 2 de fevereiro e desejam a criação de um conselho político escolhido pelo rei.

    Reuters
    Manifestantes ajudam colega ferido após explosão de granada durante protesto antigoverno em Bancoc
    Manifestantes ajudam colega ferido após explosão de granada durante protesto antigoverno em Bancoc

    A informação sobre o número de feridos foi confirmada pelo Centro Médico Erawan, que monitora os hospitais da capital tailandesa. Desses, um está gravemente ferido e corre risco de morte. A explosão foi provocada por uma granada jogada de um prédio na rua onde passava a comitiva.

    O explosivo caiu a 30 metros do líder dos protestos, o ex-vice-primeiro-ministro Suthep Thaugsuban, que saiu ileso. Vários manifestantes entraram no edifício, tentando procurar os responsáveis pelo lançamento. Em uma das salas, foi encontrado um quarto cheio de armamentos, incluindo metralhadoras e roupas policiais.

    Um dos líderes do movimento, Satit Wongnongtaey, disse que não pretendem cancelar as manifestações e disse que a chefe de governo deve assumir a responsabilidade pela violência. A ação acontece três dias após a residência oficial do governador de Bancoc, o opositor Sukhumbhand Paribatra, ser atingida por outra bomba.

    Desde seu início, há três meses, as manifestações na Tailândia ocorrem de maneira pacífica. Porém, grupos armados já atacaram outras vezes acampamentos de opositores em Bancoc. Na semana passada, a polícia decidiu que não ia reprimir o bloqueio à capital, que acontece desde segunda (13).

    A falta de policiais nas ruas, no entanto, parece se aproximar do final. Questionado sobre uma possível ação do governo para impedir o bloqueio dos ministérios, o ministro das Relações Exteriores tailandês, Surapong Tovichakchaikul, disse que o governo deve agir logo. "É uma questão de tempo. Nós temos que fazer algo".

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