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    Tailândia reforça presença militar para evitar violência em eleição

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    30/01/2014 09h03

    O Exército da Tailândia informou nesta quinta-feira que vai reforçar a presença de tropas na capital antes da eleição de domingo, após o governo ter alertado que pode não conseguir conter a violência se manifestantes contrários ao governo tentarem impedir as pessoas de votar.

    A decisão do governo de manter o pleito inflamou as tensões na capital Bancoc, onde os manifestantes bloqueiam cruzamentos importantes e forçaram muitos ministérios a fechar as portas. Devido ao cerco, a primeira-ministra Yingluck Shinawatra decretou estado de exceção na cidade na semana passada.

    Segundo o porta-voz do Exército, Winthai Suvaree, cerca de 10 mil policiais e mais 5.000 soldados farão a segurança nos locais de votação, que foram alvo dos opositores no domingo passado (26), durante o sufrágio antecipado. Os confrontos terminaram com um morto.

    Para o governo, no entanto, o aumento da força policial não será suficiente para conter uma revolta se a oposição interferir na eleição. "Se os opositores fizerem isso, a população vai se matar entre si e ninguém poderá controlar uma situação dessas", disse o ministro do Trabalho, Chalerm Yoombamrung.

    O líder dos protestos, o ex-vice-primeiro-ministro Suthep Thaugsuban, negou que a oposição vá bloquear os centros de votação. Ele criticou a decisão de manter o pleito e acusou seus rivais de encobrir a corrupção e as irregularidades cometidas.

    "É fato que a maioria dos cidadãos consideram o atual sistema eleitoral antidemocrático. As eleições trarão mais ditadura ao país. O povo quer reformas antes de votar para ter uma democracia verdadeira".

    A oposição, que protesta desde outubro, desejava que, antes do pleito, fosse criada uma comissão de reforma política com membros indicados pelo rei. Os manifestantes têm como base as classes mais altas e a população urbana do país, que é minoria comparada com a base de apoio ao governo.

    Eles acusam a atual chefe de governo de corrupção e de ser uma marionete do irmão, o ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, fora do país desde 2008. Thaksin foi deposto após um golpe de Estado articulado pelos atuais manifestantes.

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