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    Secretário de Segurança da Argentina defende legalização da maconha

    LÍGIA MESQUITA
    DE BUENOS AIRES

    18/02/2014 17h12

    O secretário de Segurança da Argentina, Sergio Berni, defendeu a legalização da maconha no país como forma de combater o tráfico de drogas.

    Em entrevista a uma rádio, Berni disse que pessoalmente é a favor da legalização da droga, em toda sua cadeia de produção e comercialização. "Descriminalizar só o consumo acaba não sendo efetivo", afirmou o secretário ao programa "Tierra de Locos", da Rock & Pop.

    Para defender seu argumento, Berni citou o famoso traficante colombiano Pablo Escobar, morto em 1993: "Ele dizia que não há possibilidade matemática de que as perseguições policias ganhem do narcotráfico. E é verdade. É a luta do gato com o rato".

    O funcionário da Casa Rosada também disse que a Argentina precisa promover um debate "sério e responsável" sobre o tema, por meio de seus parlamentares. "Não há muitas experiências no mundo e isso precisa ser observado. Vários ex-presidentes como de Colômbia e Brasil [César Gavíria e Fernando Henrique Cardoso] já reconheceram que a luta contra o tráfico fracassou."

    POLÊMICA SOBRE PRODUÇÃO

    As declarações do secretario de Segurança foram dadas em meio a uma polêmica sobre as drogas no país.

    Na semana passada, o ministro da Defesa, Agustín Rossi, afirmou que a Argentina é também um país produtor de entorpecentes.

    A declaração de Rossi foi desmentida por outros dois integrantes do governo: Berni e o chefe de gabinete da Presidência, Jorge Capitanich.

    "A Argentina não produz drogas. Alguns consumidores podem ter plantas de maconha em casa, mas não existe produção em larga escala. Pelo menos nada detectado até agora, como acontece no Paraguai", disse Berni.

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