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    Em vídeo, López pede que manifestantes permaneçam nas ruas da Venezuela

    DE SÃO PAULO
    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    19/02/2014 10h54

    Em vídeo divulgado após ser preso, o opositor venezuelano Leopoldo López pede aos manifestantes que continuem protestando nas ruas mesmo com a escalada da violência.

    "Se vocês estão vendo esse vídeo, é porque estou preso injustamente pelos agentes de segurança do Estado, por sonhar com um futuro melhor para a Venezuela", disse López, em uma gravação divulgada horas após sua prisão em Caracas.

    Ele apelou novamente aos manifestantes não ajam com violência "ferramenta de quem não tem a razão" e disse que o governo de Nicolás Maduro manipulou a violência para justificar a prisão de López.

    "Conhecemos esse governo sabemos de sua violência, mas também conhecemos nosso povo, e a vontade de mudança de nosso povo", disse López. "Não nos derrotem na nossa maior fortaleza, o nosso coração, a nossa esperança [...] estamos do lado correto da história", disse.

    O opositor é acusado pelo governo de incêndio intencional, incitação à violência, danos à propriedade pública e privada e associação delinquente.

    Veja vídeo

    Assista ao vídeo em tablets e celulares

    Foragido, López havia convocado para ontem um protesto contra o regime de Maduro em Caracas, mas resolveu se entregar à polícia.

    "Quando os venezuelanos são submetidos à expropriação de salário, quando a impunidade está na ordem do dia, quando não há futuro para os jovens e os hospitais estão fechando, eu convido vocês a entenderem que a mudança chegou e a não acreditarem nas mentiras que o governo transmite através dos meios de comunicação que controla", disse López.

    "Neste momento, o país precisa que cada cidadão assuma um compromisso ativo [de querer mudar a Venezuela]", disse López que pediu ainda a saída de Maduro do poder.

    López passou a noite na prisão militar de Ramo Verde, localizada na cidade de Los Teques, no estado de Miranda.

    Hoje, ele participará de uma audiência, a qual determinará se permanece detido em prisão preventiva enquanto o Ministério Público investiga as denúncias.

    Boa parte das acusações contra López se refere à sua participação no protesto ocorrido em 12 de fevereiro e no qual três pessoas morreram e outras 60 ficaram feridas.

    Há semanas, opositores ao governo de Nicolás Maduro estão saindo às ruas para protestar. Ontem, diversas manifestações ocorreram simultaneamente em todo o país, contra e a favor do regime atual.

    Diante da escalada de tensão, Maduro acusou países como Estados Unidos, Colômbia e Chile de interferência nos assuntos internos venezuelanos e de apoio à oposição.

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