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    Centro-esquerda europeia deve ter mais votos em eleições da UE, diz pesquisa

    DA REUTERS

    19/02/2014 22h00

    A centro-esquerda provavelmente deve conquistar a maioria dos assentos nas eleições do Parlamento Europeu em maio, mostrou uma pesquisa nesta quarta-feira, o que elevará as chances de o grupo conquistar a presidência da Comissão Europeia.

    Os socialistas e democratas, o segundo maior grupo no Parlamento de 751 lugares, ficarão com 221 cadeiras, um aumento de 14 por cento em relação à posição atual, segundo a PollWatch, uma análise de pesquisas de opinião conduzida por professores da London School of Economics e do Trinity College Dublin.

    Os socialistas e democratas escolheram Martin Schulz, da Alemanha, atual presidente do Parlamento Europeu, como seu candidato para suceder José Manuel Barroso à frente da Comissão, uma função com poderes que afetam 500 milhões de europeus.

    DIREITA

    A pesquisa prevê que o Partido do Povo Europeu, de centro-direita, o maior grupo político, perderá cadeiras, bem como os Liberais, mas ainda assim essas legendas tradicionais devem ficar com 70 por cento da legislatura. Isso representa uma queda em relação aos níveis atuais (85 por cento), mas provavelmente será um alívio para os partidários da integração europeia.

    Depois da pior crise financeira em uma geração, muitos observadores preveem que partidos nacionalistas radicais ganhem apoio sem precedentes de eleitores nos 28 países-membros nas eleições entre 22 e 25 de maio.

    O pior cenário para as políticas públicas é um novo Parlamento fragmentado, com partidos populistas que rejeitam a integração europeia e buscam bloquear propostas como a de um acordo de livre-comércio que a UE está negociando com os EUA.

    A crise na zona do euro e o desemprego recorde entre os jovens são problemas que, combinados, projetam no debate público partidos como a Frente Nacional, da França, com base numa plataforma anti-imigração e anti-UE.

    A pesquisa PollWatch aponta que se a extrema direita formar um grupo que inclua a Frente Nacional e o Partido da Liberdade, de Geert Wilders, na Holanda, poderia conseguir 38 cadeiras, potencialmente dobrando a presença de sua bancada no Parlamento.

    O Partido da Independência do Reino Unido (Ukip), que quer a saída da Grã-Bretanha da União Europeia, pode terminar com 18 deputados europeus, um aumento em relação aos 13 eleitos em 2009.

    Por décadas foi dada pouca importância à eleição para o Parlamento Europeu, mas isso mudou por causa da crise econômica na Europa e a introdução de um novo tratado da UE em 2009, que deu ao Parlamento maior participação na elaboração das políticas do bloco. O Legislativo também tem um papel na escolha do novo presidente da Comissão Europeia, um cargo importante nas tomadas de decisão.

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