A presidente Dilma Rousseff afirmou que a situação da Venezuela não é a mesma que a da Ucrânia, onde três meses de protestos derrubaram o governo de Viktor Yanukovitch.
Uma série de manifestações contra o presidente, Nicolás Maduro, já dura duas semanas na Venezuela. Ao todo, 14 pessoas morreram nas manifestações, em confronto com a polícia.
Apesar de evitar um comentário direto, Dilma pediu, veladamente, que Maduro tente negociar com a oposição.
"O Brasil é um país que, sobre todos os aspectos, sempre defendeu a liberdade de imprensa. Para o Brasil e para esta região da América Latina, é muito importante que se olhe a Venezuela também do ponto de vista dos efetivos ganhos reais que eles conquistaram ao longo desse processo, em termos de educação, e de saúde para o seu povo. Agora, nós acreditamos que sempre, em qualquer situação, é muito melhor o diálogo, o consenso e a construção democrática do que qualquer outro tipo de ruptura institucional", disse Dilma, no final de um encontro nesta segunda-feira com os máximos responsáveis das instituições europeias, José Manuel Durão Barroso e Herman Van Rompuy.
"No caso da Venezuela, você não tem uma situação como da Ucrânia", completou.
É altamente provável, disse à imprensa ao final de sua visita a Bruxelas, que o vazio político seja ocupado pelo "caos".