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    Europa propõe auxílio de € 11 bilhões à Ucrânia

    DA EFE

    05/03/2014 10h20

    A Comissão Europeia propôs hoje uma ajuda financeira para a Ucrânia de pelo menos € 11 bilhões (R$ 35 bilhões) nos próximos dois anos para melhorar a combalida economia local e contribuir para uma saída pacífica para a crise no país.

    "O pacote combinado poderia fornecer um apoio global de pelo menos € 11 bilhões nos dois próximos anos, do orçamento da União Europeia (UE) e das instituições financeiras internacionais baseadas na UE", informou o presidente da Comissão, José Manuel Durão Barroso, em entrevista coletiva.

    O pacote de ajuda foi criado para auxiliar um governo ucraniano comprometido, inclusivo e orientado a realizar reformas.

    Barroso disse que os líderes da UE discutirão esta proposta na cúpula extraordinária que será realizada amanhã em Bruxelas, convocada em caráter de urgência para abordar a situação na Ucrânia após o envio de soldados russos para a região autônoma da Crimeia.

    O presidente da Comissão também informou que o auxílio será discutido com o primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseni Yatseniuk, que receberá os chefes de Estado e governo da União Europeia.

    O presidente do Executivo comunitário explicou que o pacote tem medidas a curto e médio prazo de apoio comercial, econômico, técnico e financeiro à Ucrânia.

    Concretamente, oferece € 1,6 bilhão em empréstimos e assistência macrofinanceira e € 1,4 bilhão em subvenções, dos quais € 600 milhões poderão ser desembolsados nos próximos dois anos.

    Além disso, acrescentam-se outros € 3 bilhões do Banco Europeu de Investimentos (BEI) no período 2014-2016 e a proposta de criar um fundo fiduciário com dinheiro do orçamento da UE e fundos bilaterais dos Estados-membros.

    Barroso afirmou ainda que o Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (Berd) poderia liberar € 5 bilhões, e que se espera conseguir outros € 3,5 bilhões do Fundo de Investimento de Vizinhança.

    O presidente da Comissão também propôs a criação de um mecanismo de coordenação de contribuições internacionais e se ofereceu para receber em Bruxelas uma conferência de doadores internacionais.

    Outras medidas incluem a modernização do sistema de passagem de gás e dos "fluxos inversos", especialmente através da Eslováquia, em um momento em que a companhia russa Gazprom anunciou que deixará de vender gás à Ucrânia a preço reduzido a partir de abril.

    A Comissão propõe igualmente acelerar a negociação de liberalização de vistos para os cidadãos ucranianos e oferecer um acordo sobre mobilidade, assim como assistência técnica para a reforma constitucional e judicial e a preparação de eleições.

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