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    Putin diz a Merkel e Cameron que autoridades da Crimeia são legítimas

    DA REUTERS

    09/03/2014 14h58

    O presidente russo Vladimir Putin disse neste domingo (9) que as autoridades pró-russas da península ucraniana da Crimeia são "legítimas", anunciou neste domingo o Kremlin.

    O parlamento da Crimeira organiza um referendo, marcado para o próximo dia 16, para decidir se a região será ou não anexada à Rússia. Autoridades dos EUA, da Europa e da própria ucrânia disseram considerar o referendo "ilegítimo".

    Durante conversas telefônicas com a chanceler alemã Angela Merkel e o premiê britânico David Cameron, Putin "ressaltou que as medidas adotadas pelas autoridades legítimas da Crimeia estão em conformidade com o direito internacional e visam proteger os interesses legítimos da população", informou o Kremlin em um comunicado.

    "O presidente russo também chamou a atenção de seus interlocutores sobre a ausência de qualquer ação das autoridades presentes em Kiev para limitar as atividades ultranacionalistas e as forças radicais na capital e em muitas regiões", segundo o comunicado.

    Putin também disse a Cameron que "quer achar uma solução diplomática para a crise na Ucrânia".

    A Rússia tem repetidamente alertado que a situação na Ucrânia está fora de controle e que a população de língua russa é alvo de violência desde a destituição, em 22 de fevereiro, do presidente pró-russo Viktor Yanukovytch e a chegada ao poder de líderes pró-europeus.

    O Ocidente acredita que não há nenhuma evidência de violência e acusa a Rússia, cujas forças controlam a Crimeia, de adotar uma estratégia de propaganda.

    "Apesar das diferenças de abordagem sobre a situação, os interlocutores manifestaram um interesse comum na escalada das tensões e normalização o mais breve possível da situação", disse o Kremlin.

    Neste domingo, os EUA afirmaram que não reconhecerão uma possível anexação da Crimeia, mesmo que referendada pela população da península.

    O primeiro-ministro ucraniano, Arseniy Yatsenyuk, chamou de "ilegítima" a decisão do Parlamento da Crimeia de solicitar a anexação da península ucraniana à Rússia, depois de uma reunião com os líderes da União Europeia em Bruxelas.

    Yatsenyuk também ressaltou que o referendo na Crimeia em 16 de Março "não tem base jurídica".

    Editoria de Arte/Folhapress
    ucrânia dividida Regiões sul e leste do país têm maioria russa
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