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    Senado dos EUA aprova por unanimidade lei sobre abuso sexual no Exército

    DE SÃO PAULO

    10/03/2014 22h52

    O Senado americano aprovou por unanimidade, nesta segunda-feira, uma reforma de "tolerância zero" para as agressões sexuais no Exército, depois que uma medida similar – mas de maior alcance – fracassar na semana passada.

    A lei foi aprovada por 97 votos a zero, uma excepcional demonstração de cooperação bipartidária em uma casa dominada por fortes oposições e confrontos entre democratas e republicanos.

    A Lei de Proteção às Vítimas, proposta pela senadora Claire McCaskill, ex-procuradora encarregada de crimes sexuais, permitirá que as vítimas tenham advogados independentes do Exército e criminalizará as represálias contra os membros das Forças Armadas que denunciem esses abusos.

    O projeto, que deve ser aprovado na Câmara de Representantes antes de virar lei, garante que "as vítimas de assalto sexual nas Forças Armadas sejam tratadas com dignidade e responsabilidade", disse o senador Kelly Ayotte, um promotor da lei republicano.

    McCaskill afirmou que a reforma é parte do esforço para atingir "tolerância zero" e obter "responsabilidade plena" para os comandantes em suas unidades.

    O texto propõe o fim da chamada "defesa bom soldado", que permite aos militares o uso de sua boa reputação profissional para apresentar seu caso perante um tribunal militar.

    "Até mesmo um profissional bem-sucedido pode ser um predador sexual", advertiu o presidente democrata do poderoso Comitê de Serviços Armados do Senado, senador Carl Levin.

    A reforma de McCaskill é uma versão mais amena da legislação mais firme introduzida no ano passado pelo também senador democrata Kirsten Gillibrand, que eliminava os casos de assédio sexual da cadeia de comando militar.

    O Exército americano sofreu uma série de golpes, em casos de agressões sexuais, e que provocaram uma grande polêmica e a necessidade de uma reforma da Justiça militar.

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