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    'O prédio tremeu', conta brasileira vizinha de prédio que desabou em NY

    ISABEL FLECK
    DE NOVA YORK

    12/03/2014 17h34

    O casal de professores brasileiros Marisol Espinosa, 38, e Marcelo Tessari, 39, estava em sua casa, no East Harlem, em Nova York, se preparando para dar uma aula via Skype, quando ouviu um forte estrondo na manhã desta quarta-feira.

    O edifício onde o casal de gaúchos mora fica no mesmo quarteirão dos dois prédios que desabaram nesta quarta-feira após uma forte explosão, mas é voltado para Madison Avenue, via paralela à Park Avenue, onde ocorreu o acidente.

    "O prédio inteiro tremeu, achei que o meu prédio estava vindo abaixo", disse Espinosa à Folha. "Pensei que podia ser um atentado com bomba, ou um avião caindo perto, porque moramos meio perto do aeroporto La Guardia. Então peguei a minha bolsa e eu e meu marido saímos rápido de casa."

    Ouça

    A professora conta que, assim que olhou pela, janela, já viu vários policiais na rua. "Tinha gente gritando e olhando na direção do nosso prédio, porque a explosão foi atrás dele."
    Segundo Espinosa, no térreo de seu edifício, partes do teto de um salão de beleza caíram.

    O casal, que vive em Nova York há cinco anos, já tinha passado por outro "susto", quando morava no Soho: o terremoto de escala 5,8 que atingiu várias cidades do nordeste do país em agosto de 2011.

    "Mas não foi nada comparado com agora. Desta vez, foi muito mais forte", disse.

    Ela e o marido ainda voltaram para o apartamento uma hora depois do acidente, mas decidiram não ficar por conta da fumaça que tomava o prédio.

    Ao menos três pessoas morreram na explosão e outras 50 ficaram feridas. Ainda há desaparecidos, que podem estar sob os escombros.

    Aparentemente, um vazamento de gás teria causado o acidente. Segundo o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, a concessionária Con Edison recebeu um telefonema cerca de 15 minutos antes da explosão alertando sobre um cheiro de gás. "Uma equipe foi mandada imediatamente, mas não conseguiu chegar antes da explosão", disse o prefeito.

    "Esta é uma tragédia do pior tipo, porque não houve sinais há tempo para que pudéssemos salvar as pessoas", afirmou. Blasio disse que assim que foram avisados da explosão, no entanto, os bombeiros chegaram "em dois minutos".

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