Francisco já é o papa que mais canonizou santos em toda a história da Igreja Católica, mas chegou a esse número por um detalhe técnico.

O pontífice argentino promoveu a canonização coletiva de 813 italianos, chamados de Mártires de Otranto, que foram executados depois que uma frota do Império Otomano invadiu o sudeste da Itália, em 1480.

Por serem considerados mártires, eles chegaram à santidade por uma espécie de "via rápida", sem que tenha sido necessário o reconhecimento de dois milagres que praticaram.

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Os homens, que foram decapitados, teriam se recusado a se converter ao islã, após perderem o combate contra os muçulmanos turcos.

O grupo que foi morto era liderado pelo alfaiate Antonio Primaldo. Histórias que circularam mais tarde dizem que, mesmo com a cabeça cortada, o cadáver do alfaiate continuou de pé.

Por causa da liderança do alfaiate, os Mártires de Otranto foram canonizados como "Antonio Primaldo e seus companheiros". Desse modo, a conta de Francisco chega a 817 "novos" santos, contra 483 de João Paulo 2º, o "recordista" anterior.

O processo de canonização dos mártires, no entanto, tinha sido concluído por Bento 16 –Francisco apenas sacramentou a medida.

Excluindo esse caso, Francisco teria canonizado apenas quatro santos. Ainda nesse ano, deverão ser canonizados os papas João Paulo 2º e João 23, além do jesuíta José de Anchieta, fundador da cidade de São Paulo.