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    Cabeleireiro é preso por cortar cabelo de mulheres na Arábia Saudita

    DA EFE

    17/03/2014 08h06

    Um cabeleireiro estrangeiro foi preso pela polícia da moral da Arábia Saudita por cortar o cabelo de mulheres em uma barbearia masculina na cidade portuária de Jidá, publicou nesta segunda-feira o jornal "Sabaq".

    Os agentes da Comissão para a Promoção da Virtude e Prevenção do Vício (polícia da moral) prenderam o homem após receber a denúncia de que uma menina tinha entrado em uma barbearia para homens.

    Imediatamente a polícia fez uma batida no lugar e surpreendeu o homem cortando o cabelo de uma jovem com a porta do estabelecimento fechada para evitarem ser vistos.

    O cabeleireiro, que o jornal afirma ser árabe, mas sem especificar sua nacionalidade, costumava receber as mulheres ao meio-dia, quando já deixavam de entrar clientes homens.

    Os preços baixos, comparados aos de salões de beleza femininos, teriam encorajado as jovens a frequentar o estabelecimento.

    Após serem descobertos, a polícia da moral entregou à menina aos seus familiares, mas somente depois de ela se comprometer por escrito a não repetir a conduta, e o cabeleireiro à justiça, explicou o jornal saudita.

    Em fevereiro as autoridades da Arábia Saudita impuseram rígidas normas para impedir o contato entre mulheres e homens nas lojas que vendem produtos femininos.

    A lei proíbe que os homens entrem nas áreas desses comércios dedicados à venda de roupas e artigos femininos, exceto se estiverem acompanhados de suas famílias.

    A Arábia Saudita é um reino ultraconservador wahhabista - movimento defensor do islã - que determina a separação dos gêneros nos espaços públicos e proíbe as mulheres de dirigir.

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