• Mundo

    Sunday, 05-May-2024 23:29:53 -03

    Após senado russo ratificar, Putin assina anexação da Crimeia à Rússia

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    21/03/2014 07h47

    O Conselho da Federação (Câmara Alta do parlamento russo) ratificou nesta sexta-feira por unanimidade o acordo por meio do qual a Crimeia e a cidade de Sebastopol se incorporaram à Rússia, um dia após a Duma aprovar a medida.

    Os 155 senadores presentes votaram a favor do acordo de adesão assinado na terça-feira pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, e os líderes da Crimeia e Sebastopol.

    Após a ratificação, Putin promulgou a incorporação da república da Crimeia e do porto de Sebastopol à Russia.

    Em cerimônia no Kremlin, o líder russo assinou o pacote de leis que ratifica juridicamente a incorporação da Crimeia e Sebastopol à Federação da Rússia.

    Mikhail Klimentyev/Reuters
    O presidente russo, Vladimir Putin, conversa com o ministro do Interior, Vladimir Kolokoltsev
    O presidente russo, Vladimir Putin, conversa com o ministro do Interior, Vladimir Kolokoltsev

    Antes da votação de hoje no senado, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse aos legisladores que o termo "anexação" da Crimeia à Rússia é ofensivo para os moradores da península.

    "Quando se utilizam termos como anexação, considero que se ofende os cidadãos crimeanos e seu direito de expressar sua vontade", disse Lavrov em referência ao referendo no qual 97% dos eleitores locais se pronunciaram a favor da reunificação com a Rússia.

    MILITARES

    Segundo as autoridades da Crimeia, república autônoma ucraniana que na terça-feira assinou um tratado de incorporação à Rússia, 72 unidades militares da Ucrânia instaladas na península passaram para o controle e içaram a bandeira russa.

    Entre as unidades ucranianas que passaram para jurisdição da Rússia estão seis navios de guerra e 25 embarcações de apoio, indicaram fontes do governo crimeano à agência russa "Interfax".

    Segundo as autoridades da Crimeia, em todas as unidades foram realizadas cerimônias nas quais se içou a bandeira da Rússia e se entoou o hino nacional russo.

    Os oficiais destas unidades, acrescentou o governo local, decidiram continuar seu serviço nas forças armadas da Rússia.

    Putin ordenou ontem o reconhecimento de militares e a formação acadêmica dos oficiais ucranianos que desejem servir nas forças armadas e outras instituições russas.

    "Isto dará a possibilidade de se incorporarem ao serviço, pelo menos por contrato, até quando sejam resolvidas outras formalidades, incluídas a obtenção da cidadania", disse Putin após mostrar sua assinatura na resolução. EFE

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024