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    Direita lidera eleições municipais francesas

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    23/03/2014 22h23

    Resultados preliminares das eleições municipais francesas mostravam a liderança dos partidos de direita frente aos de esquerda ao final do primeiro turno.

    Segundo dados provisórios anunciados pelo ministro do Interior, Manuel Valls, a direita francesa obteve 46,54% dos votos; a esquerda, 37,74%, e a extrema-direita, 4,65%.

    Em discurso ao vivo difundido pela televisão pouco após à meia-noite (hora local), Valls disse que a participação foi de 64,13%, de acordo com dados ainda provisórios, menor que a da última eleição municipal, em 2008, quando o índice foi de 66,54%.

    "Essa abstenção é alta demais. Sem dúvida é uma mensagem dos cidadãos que as autoridades públicas e os políticos precisam ouvir.", declarou Valls.

    Ainda segundo os resultados provisórios, a extrema-esquerda obteve 0,58% dos votos no primeiro turno.

    Segundo consultas de boca de urna, a candidata da direita Nathalie Kosciusko-Morizet (UMP), ex-porta-voz de Nicolas Sarkozy, liderava a disputa crucial pela prefeitura de Paris, à frente da socialista Anne Hidalgo.

    ABSTENÇÃO

    As eleições foram marcadas por uma forte abstenção, ao redor de 35%, segundo as pesquisas.

    Tratou-se do primeiro teste eleitoral importante desde a chegada ao poder do socialista François Hollande, há quase dois anos.

    Um total de 44,8 milhões de eleitores, entre eles 280.000 cidadãos de outros países da União Europeia, estavam habilitados a votar nestas eleições tradicionalmente dominadas por questões locais e às quais se apresentaram 930.000 candidatos.

    A reta final da campanha foi monopolizada pela polêmica das escutas telefônicas feitas por ordem judicial contra o ex-presidente Nicolas Sarkozy (UMP, direita), cujo conteúdo vazou na imprensa.

    Implicado em várias ações na Justiça, Sarkozy se defendeu comparando a França a uma ditadura, o que o presidente François Hollande qualificou de "intolerável".

    O episódio ocorreu depois de três semanas difíceis para a UMP em virtude de vários escândalos de corrupção, da revelação de gravações secretas feitas pelo ex-conselheiro de Sarkozy, Patrick Buisson, e o caso das escutas contra o ex-presidente que parecem confirmar as acusações de obstrução da justiça feitas contra ele.

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