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    Novos dados confirmam queda do avião no Índico, diz Malásia

    DE SÃO PAULO

    24/03/2014 11h05

    O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, afirmou nesta segunda-feira que o Boeing-777 da Malaysia Airlines, desaparecido há 16 dias com 239 pessoas a bordo, caiu no meio do oceano Índico a oeste de Perth, no sudoeste da Austrália.

    Razak afirmou que a região é remota, sem possíveis bases de pouso próximas, e que, portanto, é possível concluir que a aeronave caiu.

    Segundo o premiê, a conclusão foi possível com base em dados fornecidos por satélites de alta performance do Reino Unido. O avião estaria no corredor sul, portanto fora de sua rota original, quando o sinal foi perdido.

    Nos últimos dias, satélites e equipes de busca da Austrália, da China e da França disseram ter localizado objetos que poderiam ser do voo na suposta região do desaparecimento.

    O premiê ainda pediu respeito às famílias das vítimas e disse que eles já foram comunicados.

    A empresa notificou os parentes por mensagem de celular e disse que todos os passageiros morreram.

    "A Malaysia Airlines lamenta profundamente que temos que assumir sem sombra de dúvidas, que o [voo] MH370 foi perdido e que nenhuma das pessoas a bordo sobreviveu. Como você vai ouvir na próxima hora do primeiro-ministro da Malásia, agora temos de aceitar que todas as evidências sugerem que o avião caiu no sul do oceano Índico", disse a empresa por SMS.

    Editoria de Arte/Folhapress

    AUSTRÁLIA E CHINA

    Um avião chinês e grupos de resgates australianos que participam das buscas ao Boeing da Malaysia Airlines desaparecido desde o último dia 7 de março (horário de Brasília) avistaram nesta segunda-feira alguns objetos no sul do Oceano Índico, informou a agência Xinhua.

    O avião chinês indicou que as coordenadas dos objetos são 95,1113 graus longitude leste e 42,5453 latitude sul, no sul do Oceano Índico. As buscas acontecem a cerca de 2.500 quilômetros da costa oeste australiana.

    O avião chinês está em contato com o centro de comando australiano e o navio quebra-gelo chinês Xuelong (Dragão de Neve), que mudou de rumo para se aproximar da região indicada.

    Segundo um repórter da agência que viaja no avião, a tripulação viu dois objetos relativamente grandes, e muitos outros menores, brancos, espalhados em um raio de vários quilômetros.

    A tripulação da aeronave chinesa pediu ao comando central na Austrália que envie outros aviões à área para examiná-la em maior profundidade.

    Grupos de resgates australianos localizaram dois objetos que podem ser possíveis destroços do voo MH370. Um dos objetos é circular e verde acinzentado e o outro retangular e alaranjado, disse o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, nesta segunda-feira.

    FRANÇA

    No domingo, a França informou ter novas imagens de satélite que mostram dois objetos na área do oceano Índico em que se concentram as buscas pela aeronave.

    Este é o terceiro registro de objetos que podem ser destroços do avião na área, que fica a 2.500 km de Perth, no sudoeste australiano.

    O ministro da Defesa da Malásia, Hishammuddin Hussein, disse que entregou as fotos às autoridades da Austrália, país que coordena as buscas no Índico. Ele não deu mais detalhes sobre os objetos detectados.

    O vice-primeiro-ministro australiano, Warren Truss, disse que as novas imagens indicam que os destroços estão a cerca de 850 quilômetros ao norte da atual zona de busca, 2.500 quilômetros ao sudoeste da cidade de Perth.

    MUDANÇA DE ALTITUDE

    Mais cedo, segundo uma fonte da CNN, o Boeing desaparecido com 239 pessoas a bordo teria mudado de altitude, aparentemente de forma intencional, depois de mudar sua rota para ir em direção ao estreito de Malacca.

    Segundo a fonte, o avião foi aos 12 mil pés antes de desaparecer dos radares.

    Especialistas ouvidos pela CNN disseram que a mudança de altitude pode estar relacionada a uma emergência a bordo. Caso uma situação durante o voo leve o avião a perder sua pressurização, ele deve descer a menos de 10 mil pés o mais rápido possível para salvar os passageiros da baixa temperatura e da baixa pressão, que implica em extrema dificuldade para respirar.

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