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    Rússia reafirma interesse em manter contatos com o G7

    DE SÃO PAULO

    25/03/2014 10h25

    A Rússia deixou claro nesta terça-feira que tem interesse em manter contatos com o grupo dos sete países mais ricos (G7) depois que os chefes de Estado e de governo do organismo internacional encenassem ontem a ruptura do diálogo com Moscou pela anexação da Crimeia.

    "A parte russa segue disposta a fazer contatos (com o G7) em todos os níveis, incluindo o mais alto. Estamos interessados nesses contatos", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

    Além disso, disse que a cooperação entre Moscou e esses países continua "em nível de especialistas" e acrescentou que é inoportuno falar da suspensão dos preparativos para a cúpula do G8 (G7 e Rússia) na cidade russa de Sochi, que estava programada para junho.

    "Na realidade, não há nada a suspender, já que após a realização dos Jogos Olímpicos (de Inverno de 2014), Sochi já estava preparada para receber a cúpula. Não houve necessidade de preparativos adicionais", alegou Peskov.

    O porta-voz assegurou que as infraestruturas de Sochi construídas a acolher a cúpula serão, de qualquer maneira, úteis para o lazer e turismo.

    O porta-voz presidencial afirmou que Moscou ainda não foi notificada oficialmente sobre o cancelamento de atos oficiais no marco da agenda do organismo.

    O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, considerou ontem que a possibilidade de que Rússia deixasse de fazer parte do G8 após a anexação da Crimeia não era "um grande problema" para seu país e disse que esse grupo é um "clube informal".

    Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália, Alemanha, Canadá e Japão, que integram o G7, se reuniram na véspera em Haia para decidir os próximos passos com os que vai intensificar a pressão sobre Moscou por haver-se anexado a república autônoma ucraniana da Crimeia.

    Na reunião também participaram, em representação da UE, os presidentes do Conselho e da Comissão Europeia (CE), Herman Van Rompuy e José Manuel Durão Barroso, respectivamente.

    Parte das potências ocidentais está preocupada com os movimentos das tropas russas nas fronteiras leste e sul da Federação Russa com a Ucrânia, e consideram que Moscou precisa reduzir o nível da tensão.

    A Rússia, por sua vez, está acelerando a integração política, econômica e militar da Crimeia, onde já se vê a bandeira russa, já se usa o rublo e já foram entregues passaportes russos, enquanto a Ucrânia anunciou a retirada de suas tropas dessa península.

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