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    Companhias aéreas suspendem voos para a Líbia devido à violência

    DA REUTERS

    07/04/2014 20h46

    A companhia aérea alemã Lufthansa e sua subsidiária Austrian Airlines suspenderam os voos para a Líbia por tempo indeterminado por preocupações com a segurança, depois da explosão de uma bomba no aeroporto de Trípoli, há duas semanas, disse um porta-voz da Lufthansa nesta segunda-feira.

    Em março, uma bomba explodiu na principal pista em Trípoli, em uma nova evidência da deterioração da segurança no país norte-africano.

    A Lufthansa, a Austrian, a italiana Alitalia e a British Airways suspenderam os voos imediatamente e deixaram em aberto quando as operações seriam retomadas. A Alitalia informou que manterá os voos suspensos até 15 de abril e depois vai reavaliar a situação.

    Um porta-voz da Lufthansa afirmou: "Nós decidimos suspender os voos para Trípoli indefinidamente pela questão da segurança e razões operacionais".

    PROIBIÇÃO

    As companhias líbias estão proibidas de voar para a União Europeia por razões de segurança. Elas têm que fretar avião e tripulação de uma companhia aérea autorizada a voar para a região, portanto, a retomada dos voos regulares da Europa é de vital importância econômica.

    Mas o governo da Líbia parece incapaz de controlar as milícias que ajudaram a derrubar o líder Muammar Gaddafi em 2011 e recentemente se apoderaram de instalações do governo para barganhar vantagens financeiras e políticas.

    Em outro sinal de insegurança, jovens bloquearam a estrada do centro de Trípoli até o aeroporto durante horas. Longas filas de carros se formavam até tarde da noite, disseram testemunhas.

    Um repórter da Reuters viu homens queimando pneus e segurando cartazes de condenação ao Congresso Geral Nacional, o Parlamento, que muitos líbios culpam pela transição acidentada do país desde o levante contra Gaddafi, em 2011.

    "Nós bloqueamos a estrada porque queremos segurança. Somos contra os assassinatos em Benghazi", disse o manifestante Fawzi Masbah. Na cidade oriental de Benghazi, os assassinatos de integrantes do Exército e da polícia são quase diários.

    Os manifestantes exigiram a renúncia de Nouri Abu Sahmain, presidente do Congresso. Ele já está sob pressão de um grupo de parlamentares que o acusam de mentir sobre uma visita noturna de duas mulheres à casa dele, em janeiro.

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