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    Aluno se nega a fornecer DNA em investigação de estupro na França

    KIM WILLSHER
    DO "GUARDIAN", EM PARIS

    16/04/2014 17h36

    Investigadores que estão realizando exames de DNA em massa num liceu francês para identificar um estuprador disseram que apenas um estudante se negou a fornecer uma amostra.

    O estudante, que é maior de 18 anos, disse à polícia que teve razões pessoais para não fornecer uma amostra, dentro da operação policial realizada no liceu católico particular Fenelon-Notre-Dame, em La Rochelle.

    Na manhã da quarta-feira, 16 de abril, agentes estavam tirando amostras dos últimos dos 475 alunos, 31 professores e 21 outros homens adultos da escola secundária. É a primeira vez que uma operação desse tipo é empreendida num estabelecimento de ensino francês.

    Algumas poucas amostras devem ser tiradas na quinta-feira dos menores de idade e adultos que não puderam fazê-lo antes. Depois disso, todo o material será enviado a dois laboratórios franceses e ser analisado.

    Muitos dos estudantes que forneceram amostras eram menores de idade, e o juiz que preside o inquérito pediu a autorização escrita dos pais deles.

    Todas as pessoas examinadas teriam estado na escola em 30 de setembro passado, quando uma menina de 16 anos foi estuprada no banheiro. O ataque aconteceu depois de as luzes terem sido desligadas, e a vítima não conseguiu identificar seu agressor. Mas a polícia encontrou traços do DNA do estuprador sobre as roupas dela.

    A promotora pública Isabelle Pagenelle, que preside a investigação e ordenou os exames de DNA, disse que os exames em massa são a única maneira de levar o inquérito adiante.

    Os investigadores avisaram que as pessoas que se recusassem a ser examinadas poderiam ser designadas suspeitas e instruídas à comparecer à delegacia de polícia, onde policiais tentariam convencê-las a obedecer à ordem. Se ainda assim recusassem, os policiais poderiam pedir mandado judicial para revistar suas casas.

    Pagenelle disse a jornalistas que um jovem atendeu a convocação para ir ao liceu, mas se negou a fornecer uma amostra. "Tomamos nota da recusa e o deixamos ir embora", ela disse, acrescentando que o estudante ainda não foi convocado a comparecer à delegacia. "Vamos aguardar os resultados das análises do material obtido." Ela disse que os exames com resultado negativo serão destruídos e que as amostras foram tiradas em tranquilidade. Poucas pessoas teriam recorrido ao serviço de aconselhamento psicológico montado para dar atendimento aos estudantes.

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