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    Navio naufragado soma seis mortos e cerca de 280 desaparecidos

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    16/04/2014 20h39

    Subiu para seis o número de mortos no naufrágio do navio sul-coreano Sewol, que levava 462 pessoas do porto de Incheon para a ilha turística de Jeju, segundo o "New York Times".

    As autoridades ainda investigam as causas do acidente, que aconteceu a 20 km da ilha de Byeongpyung. Cerca de 280 pessoas ainda estão desaparecidas e outras 160 foram resgatadas.

    Acredita-se que parte dos desaparecidos foram resgatados por barcos que estavam na região no momento do acidente e prestaram auxílio às equipes oficiais de resgate.

    No entanto, é provável que grande número de pessoas tenham ficado presas a bordo. Há chances, embora pequenas, de que algumas tenham sobrevivido em bolhas de ar dentro da embarcação.

    Nesta quarta, as operações de resgate continuavam, ainda que prejudicadas pelo mau tempo. Mergulhadores tentavam entrar na embarcação para tentar encontrar sobreviventes e resgatar corpos. No entanto, a água gelada, a falta de visibilidade e as fortes correntes marítimas dificultavam os trabalhos.

    A temperatura da água na região é de aproximadamente 12ºC, nível que o corpo pode suportar por até duas horas.

    Segundo a emissora de TV sul-coreana YTN, citando testemunhas, a tripulação recomendou aos passageiros que ficassem em seus assentos durante a primeira hora após o acidente, o que pode ter feito eles perderem um tempo crucial para escapar da embarcação.

    O navio, construído em 1994 no Japão, fazia o trajeto, com duração média de 14 horas, duas vezes por semana. No momento do acidente, a embarcação estava a apenas três horas do seu destino. O pedido de socorro foi emitido às 9h locais (21h de Brasília).

    O navio levava menos pessoas do que sua capacidade máxima, que é de 921 passageiros, 180 veículos e 152 contêineres. A maior parte dos passageiros, 325, eram estudantes do ensino médio que faziam uma excursão.

    Pais de estudantes se reuniram no colégio Ansan Danwon, esperando notícias de seus filhos pelo celular. Embora muitos estudantes tenham perdido seus telefones durante o naufrágio, eles usaram os celulares das equipes de resgate para avisar seus pais de que estavam bem.

    "Minhas lágrimas secaram", disse a mãe de um estudante em Jindo, cidade próxima ao local do naufrágio. "Espero que o governo faça tudo para trazer as crianças de volta".

    Alguns pais não se conformaram em esperar por notícias e alugaram pequenas embarcações que os levassem ao local do acidente. "Não havia nenhuma operação de resgate acontecendo. O que eles estavam fazendo naquela hora era tentar conter o vazamento de combustível. Estou muito bravo. A imprensa diz que a operação de resgate ainda está acontecendo, mas é tudo mentira", disse um deles.

    O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, enviou uma carta à presidente sul-coreana, Park Geun-hye, manifestando seu pesar pelo acidente.

    Os Estados Unidos enviaram o navio de guerra Bonhomme Richard ao local do acidente para ajudar no resgate das vítimas, informou a Marinha americana. O navio americano fazia uma patrulha de rotina no oeste da península da Coreia, no mar Amarelo, quando aconteceu o acidente a 180 km de distância.

    O último grande naufrágio na Coreia do Sul havia ocorrido em outubro de 1993, quando 292 pessoas morreram.

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