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    Grupo entra em confronto com tropas de choque em protesto na Venezuela

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    20/04/2014 17h43

    Em manifestação realizada neste domingo de Páscoa em Caracas, um grupo de encapuzados entrou em confronto com tropas de choque venezuelanas.

    Durante a tarde, os manifestantes bloquearam a avenida principal de Chacao, a leste da capital, o que desencadeou a intervenção das tropas com gases lacrimogêneos, jatos de água e balas de borracha, ao mesmo tempo em que foram atingidos com pedras e coquetéis molotov.

    Centenas de manifestantes venezuelanos foram às ruas pela "ressurreição da democracia", em uma nova jornada de protestos contra o governo de Nicolás Maduro, que tiveram início há mais de dois meses e que causaram a morte de 41 pessoas.

    PASSEATA

    Com bandeiras do país, a multidão caminhou em direção à sede das Nações Unidas (ONU) na Venezuela, em Chacao, onde há mais de um mês estudantes montaram um acampamento com ao menos 120 barracas contra a gestão do presidente Maduro.

    "Estou cansada do abuso de poder do governo", disse à AFP Génesis Reverón, uma estudante de 20 anos que carregava um boneco de Maduro, "o responsável por essa má gestão com uma inflação tão alta e tanta insegurança", exclamou.

    Com uma bandeira amarrada no pescoço, Marta Rodríguez, uma funcionária pública de 48 anos, disse que "o incerto futuro do país e a necessidade de que volte a democracia" foram os motivos que a levaram a caminhar com sua família.

    A passeata deste domingo foi convocada pelo partido Voluntad Popular, ala radical da oposição cujo líder, Leopoldo López, está detido desde o dia 18 de fevereiro.

    Desde 4 de fevereiro, a Venezuela vive uma onda de protestos que foram iniciados por estudantes de San Cristóbal por causa da insegurança, mas que se estenderam a outras cidades com reclamações sobre a alta inflação anual (de 57,3%), a escassez de produtos básicos, a liberação de detidos nos protestos e a repressão das forças de segurança.

    Além dos 41 mortos, as manifestações, que têm diminuído em intensidade, deixaram mais de 600 feridos e centenas de detidos, entre eles López e dois prefeitos.

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