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    Venezuela lança plano para 'destravar' produção no país

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    23/04/2014 03h00

    O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, lançou ações para incrementar a produção e combater o desabastecimento, baseadas no aumento da fiscalização sobre estabelecimentos como frigoríficos e supermercados.

    A Venezuela tem atualmente a maior inflação da América Latina (cerca de 57% no ano passado) e sofre com a escassez de produtos básicos, o que, junto com os altos índices de violência, levou à realização de protestos que já deixaram 41 mortos desde fevereiro deste ano.

    A ação econômica se iniciaria ontem com a inspeção em locais de comércio de alimentos. As primeiras empresas a serem fiscalizadas seriam a processadora de carnes Fitca, no Estado de Aragua, e o supermercado Central Madeirense, em Miranda, segundo informou a agência de notícias AVN.

    Na noite de anteontem, Maduro disse que a operação é "uma nova ofensiva econômica para produzir mais, para produzir melhor e para destravar todos os mecanismos que impedem a produção no país".

    Ele acrescentou que os pilares da medida são "o abastecimento pleno em todos os níveis" e o "estabelecimento de preços justos".

    Esta é a segunda fase de um plano de fiscalização, iniciado em novembro e dezembro do ano passado, que fixou em 30% a margem máxima de lucro no comércio e que se concentrou em lojas de vestuário, eletrodomésticos e autopeças.

    Para o opositor Henrique Capriles Radonski, "é uma piada" dizer que não há comida no país porque os venezuelanos estão comendo mais, como afirmou recentemente o governo.

    "O modelo econômico fracassou, colapsou. É preciso mudá-lo. Nenhum país da nossa América Latina o aplica", escreveu Capriles em sua conta no Twitter.

    Ele disse que o país espera para o dia 1º de maio um aumento nos salários que "permita lidar com a terrível inflação, cuja culpa é do governo".

    Amanhã, o chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, irá ao país para integrar o grupo de ministros que vêm promovendo reuniões entre o governo e o setor mais moderado da oposição. Será sua terceira viagem a Caracas nas últimas semanas.

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