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    Incêndio após confrontos mata pelo menos 31 no sul da Ucrânia

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    02/05/2014 16h46

    Pelo menos 31 pessoas morreram em um incêndio nesta sexta-feira em um edifício no centro da cidade portuária de Odessa, no sul da Ucrânia, informou a polícia.

    O incêndio começou durante um confronto entre manifestantes pró-Rússia e apoiadores do governo central de Kiev.

    Em comunicado, a polícia disse que algumas das vítimas foram asfixiadas pela fumaça e outras morreram quando pularam das janelas do prédio para fugir do incêndio. A polícia havia informado anteriormente a morte de 38 pessoas, mas revisou o número, segundo a agência de notícias Associated Press.

    Nesta sexta, houve confrontos entre os dois grupos em toda a cidade –foi a pior onda de violência em Odessa desde que o presidente aliado de Putin Viktor Yanukovich foi deposto em fevereiro.

    Mais cedo, a polícia disse que pelo menos quatro homens haviam sido mortos em combate depois que uma marcha de manifestantes a favor do governo ucraniano foi emboscada. Bombas de gasolina, pedras e artefatos explosivos foram lançados durante os confrontos.

    Agitando a bandeira ucraniana, usando capacetes e segurando cassetetes, milhares de ucranianos foram às ruas para marchar em apoio ao caminho europeu escolhido pelo novo governo de Kiev, após a queda de Yanukovich. Alguns eram simpatizantes do time de futebol local, o Chornomorets.

    Então, ativistas pró-russos –alguns usando as cores do time Metalist, de Kharkov– entraram na multidão e a polícia perdeu o controle. Mais tarde, o edifício apareceu em chamas.

    Dmytro Spivak, um parlamentar local, disse à televisão ucraniana que pelo menos seis jovens apoiadores de Kiev tinham sido mortos em combate.

    "É claro que o lado pró-Rússia foi muito bem armado, bem organizado e que esta ação foi planejada há muito tempo", disse ele, acrescentando que a polícia fez pouco para deter os confrontos.

    Os novos líderes da Ucrânia, alinhados com os ocidentais, acusaram Moscou de apoiar grupos pró- russos para tentar desestabilizar o país, após meses de manifestações que levaram ao fim do governo Yanukovich. Manifestações a favor da Rússia eclodiram também no leste do país, desde que um governo aliado à União Europeia assumiu o governo de Kiev.

    Já a Rússia nega ter influência sobre os manifestantes do leste e do sul, que, segundo Moscou, estão protegendo os direitos da etnia russa na Ucrânia.

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