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    Ex-primeira-ministra da Tailândia é libertada, diz TV

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    25/05/2014 12h12

    A ex-primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, não está mais sob custódia militar, de acordo com uma fonte próxima à junta que assumiu o comando do país após um golpe militar na semana passada.

    A informação foi veiculada pela rede de televisão CNN.

    Uma fonte próxima à Yingluck também confirmou à CNN que ela foi libertada de um acampamento militar

    A ex-primeira ministra foi obrigada a se apresentar à junta militar, o Conselho Nacional para Paz e Ordem, no final da semana.

    Mais 100 pessoas, incluindo políticos e ativistas, também foram convocados.

    As Forças Armadas tomaram poder em um golpe na quinta-feira (22), após meses de turbulência que paralisaram grande parte do governo e causou confrontos em Bancoc.

    A fonte próxima à junta militar disse à CNN que Yingluck foi libertada após pedidos de que "ajudasse a manter a paz e a ordem e não se envolvesse com protestos ou qualquer movimento político."

    REPRESSÃO

    O Exército tailandês reforçou seu controle neste domingo (25) ao atuar para reprimir os crescentes protestos, dizendo que qualquer um que violar suas ordens será julgado pela corte militar.

    Críticos dizem que o golpe não vai encerrar o conflito entre as redes rivais de poder: a elite baseada em Bangcoc e dominada pelo Exército, famílias endinheiradas e a burocracia, e um grupo iniciante liderado pelo irmão de Yingluck e o ex-magnata das telecomunicações Thaksin Shinawatra.

    Os Shinawatra tiraram muito de sua influência das províncias.

    O Exército deteve muitas pessoas, incluindo Yingluck e muitos de seus ministros, autoridades do partidos e apoiadores. Líderes dos seis meses de protestos antigoverno também foram presos. O Exército informou que eles serão liberados em uma semana.

    Narong Sangnak/EFE
    Em Bancoc, centenas de tailandeses protestaram contra o golpe militar no país

    MEDIDAS DA JUNTA

    A junta militar que está no comando do país jogou fora a Constituição, censurou a mídia e rejeitou o Senado, última legislatura em funcionamento na Tailândia.

    Neste domingo, informou que qualquer um acusado de insultar a monarquia ou violar suas ordens enfrentará a corte militar.

    O poder agora está nas mãos do chefe do Exército General Prayuth Chan-ocha e sua junta conhecida como Conselho Nacional para Paz e Ordem, e suas prioridades parecem ser erradicar a dissidência e cuidar da economia.

    Um porta-voz da instituição advertiu contra os protestos e disse para a mídia tomar cuidado com suas reportagens.

    "Para aqueles que usam mídias sociais para provocar, por favor pare pois não é bom para ninguém", disse o porta-voz adjunto do Exército, Winthai Suvaree, em comunicado televisionado.

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