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    Sisi se declara vencedor das eleições no Egito com 92% dos votos

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    29/05/2014 09h26

    O comitê de campanha do ex-chefe do Exército Abdel Fattah al-Sisi anunciou nesta quinta (29) que o candidato venceu as eleições presidenciais no Egito com cerca de 92% dos votos, quase um ano após ter liderado o golpe que derrubou o presidente islamita eleito Mohammed Mursi.

    O resultado oficial não foi divulgado –a expectativa é que saia até segunda-feira (2 de junho)–, mas o único adversário de Sisi no pleito, o esquerdista Hamdin Sabahi, já reconheceu a derrota. Sabahi obteve só cerca de 3% dos votos apurados, abaixo do percentual de nulos (4%).

    O presidente interino do Egito, Adly Mansour, que ocupa o cargo desde a queda de Mursi, em julho, informou que a participação na votação foi de 46% do eleitorado egípcio –o que, para ele, indica "amplo consenso". O voto não é obrigatório no país.

    Esse percentual é menor do que os 52% que compareceram às urnas em 2012, no pleito que escolheu Mursi. O Egito tem atualmente 54 milhões de eleitores registrados; estima-se que mais de 23 milhões tenham votado em Sisi.

    Segundo funcionários do governo ouvidos sob anonimato pela agência Associated Press, depois do fraco comparecimento às urnas na segunda (26), primeiro dia de votação, o premiê Ibrahim Mahlab convocou videoconferência com governadores e chefes militares provinciais.

    Mahlab ordenou que eles saíssem à caça de eleitores. Na terça (27), vários ônibus gratuitos levaram votantes às seções eleitorais. Além disso, o governo estendeu o período de votação de dois para três dias, incluindo a quarta (28).

    O oposicionista Sabahi contestou o comparecimento de 46%, que chamou de "insulto à inteligência dos egípcios", e afirmou que tanto a mídia do país quanto o governo foram tendenciosos em favor do seu adversário.

    Colocada na ilegalidade depois o golpe que derrubou Mursi, a Irmandade Muçulmana afirmou que as eleições teriam sido boicotadas por 90% dos eleitores. Segundo a entidade, a rejeição representa "uma bofetada no golpe militar e um sinal iminente da queda dos golpistas".

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