O ex-presidente colombiano e senador eleito, Álvaro Uribe, foi nesta sexta-feira (30) ao Ministério Público, onde denunciou a campanha do presidente Juan Manual Santos, que busca a reeleição.

Uribe admitiu que não tem nenhuma evidência direta contra o presidente, mas contra os membros de sua campanha para a presidência em 2010.

A acusação é sobre o suposto caso de financiamento ilícito da campanha –com dois milhões de dólares de origem desconhecida–, o que também foi denunciado pela mídia no início deste mês.

O ex-presidente disse que fez a acusação porque tem obrigações com o país e com o exercício justo da política, e não pelos seus interesses eleitorais.

Uribe é a figura central do movimento político Centro Democrático, cujo candidato presidencial, Óscar Ivan Zuluaga, está em empate técnico com Santos pouco antes do segundo turno das eleições, em 15 de junho.

O chefe da campanha de Santos renunciou após ser acusado de receber US$ 12 milhões (R$ 26,8 milhões) de um traficante para mediar a liberação de quatro chefes do tráfico.

A revista "Semana" e o jornal "El Espectador" publicaram um testemunho de Javier Antonio Calle Serna, membro da milícia Rastrojos, dizendo ter pago a Rendón para que mediasse sua rendição e de três traficantes.

Isso evitaria a extradição deles para os Estados Unidos. Calle acabou se entregando ao governo americano em 2012, na ilha de Aruba.

Duro crítico do governo venezuelano, Rendón assessorou Santos durante sua primeira campanha presidencial, em 2010, e também trabalhou na campanha do presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, em 2012.