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    Suprema Corte dos EUA rejeita apelo de jornalista que quer preservar fonte

    ISABEL FLECK
    DE NOVA YORK

    02/06/2014 12h41

    A Suprema Corte americana rejeitou o recurso apresentado pelo repórter do "New York Times" James Risen para não testemunhar no julgamento de uma possível fonte, o ex-agente da CIA Jeffrey Sterling.

    O argumento de Risen é que ele tem o direito de proteger a identidade de seu informante, mesmo tendo sido convocado para depor. Ele já afirmou que prefere ser preso a ter que testemunhar.

    A suspeita é que Sterling tenha vazado dados sigilosos para o jornalista revelados no livro "State of War: The Secret History of the CIA and the Bush Administration" ("Estado da Guerra: A História Secreta da CIA e do governo Bush", em tradução livre). No livro de 2006, Risen detalha os esforços da CIA em desmantelar o programa nuclear iraniano.

    A Suprema Corte não comentou a decisão, que apoia o governo em um embate entre o que os procuradores federais consideram um imperativo para conseguir evidências num caso de segurança nacional e o que os jornalistas afirmam ser uma grave violação à liberdade de imprensa.

    Uma corte distrital havia, anteriormente, determinado que o testemunho de Risen não era necessário no caso. Uma corte de apelações da Virgínia, no entanto, foi contra a decisão, por 2 votos a 1.

    Apesar de Risen correr risco de ser preso caso se negue a testemunhar, o secretário da Justiça americano, Eric Holder, disse, na semana passada, que isso seria muito improvável. "Enquanto eu for secretário da Justiça, nenhum repórter vai para a cadeia por fazer seu trabalho", disse Holder.

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