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    Assad vence eleição na Síria com 88,7% dos votos

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    04/06/2014 16h30

    O atual presidente sírio, Bashar al-Assad, venceu as eleições presidenciais do país com 88,7% dos votos, segundo o porta-voz do Parlamento, Mohammad al-Laham, disse nesta quarta-feira (4).

    "Eu declaro a vitória de Bashar Hafez al-Assad, como presidente da República Árabe da Síria, com a maioria absoluta dos votos expressos nas eleições", disse Laham em um discurso transmitido pela televisão.

    Como esperado, Assad assegura, assim, seu terceiro mandato de sete anos consecutivo, apesar da guerra civil que o país vive desde 2011.

    Opositores de Assad veem a eleição como uma farsa, dizendo que os outros dois candidatos, relativamente desconhecidos, não ofereceram alternativa real e que uma eleição realizada no meio de uma guerra civil não poderia ter créditos.

    Os outros dois concorrentes, Hassan al Nuri e Maher al Hajar, aliados de Assad, obtiveram, respectivamente, 4,3% e 3,2% dos votos.

    O Ocidente, que apoia a oposição síria moderada, denunciou a realização de eleições em um país em guerra, e o Observatório Sírios dos Direitos Humanos (OSDH) afirmou que o regime forçou os cidadãos a votar, ameaçando-os com a prisão.

    A União Europeia (UE) considerou as eleições ilegítimas. "As eleições foram fictícias", afirmou o secretário de Estado americano John Kerry ao chegar a Beirute, em uma visita inesperada.

    COMPARECIMENTO

    O Tribunal Constitucional da Síria divulgou nesta quarta que o comparecimento da eleição presidencial foi de 73,4%.

    Um porta-voz do tribunal disse que, ao todo, 11,63 milhões de sírios votaram, contando os que o fizeram dentro do país na terça-feira (3) e os refugiados e expatriados que já haviam votado antes.

    Houve diversos ataques de morteiros em áreas centrais de Damasco durante a votação, e relatos apontam intensificação do combate nas regiões periféricas da capital.

    O voto foi estendido em cinco horas por causa do "grande comparecimento às urnas", segundo a mídia estatal.

    A votação ocorreu somente nas áreas controladas pelo governo da Síria, o que exclui grandes partes do norte e leste do país, dominadas por rebeldes que lutam para acabar com os 44 anos de governo da família Assad.

    O conflito na Síria, que começou com protestos contra o governo Assad, já matou 160 mil pessoas, levando cerca de 3 milhões ao exterior como refugiados.

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